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Depois da denúncia de caixa de 2 na campanha de Fernando Holiday, líder do MBL eleito vereador em São Paulo, Marschelo Meche, outro membro do grupo também eleito vereador no interior paulista, é denunciado no MP por fazer manobra na contratação de assessor
Por Redação
O vereador da cidade de Americana (SP) Marschelo Meche (PSDB) foi denunciado no Ministério Público, semana passada, por improbidade administrativa. A denúncia partiu do movimento "Pula Catraca" que, em 8 páginas, explica de que maneira Meche tentou manobrar a contratação de um assessor parlamentar na Câmara Municipal. O movimento pede a perda de função pública do parlamentar, suspensão dos direitos políticos e ressarcimento ao erário público pelo dano causado.
A manobra pela qual Meche é acusado consiste na contratação da mãe de um assessor para que o mesmo pudesse receber salário. À princípio, o vereador teria contratado Bruno Henrique dos Santos mas, como ele tinha vínculos com a rede estadual de ensino, não poderia ser transferido à Câmara. O tucano, então, nomeou a mãe de Bruno, Elisabete Cristina dos Santos, para o cargo, e ela estaria repassando o salário ao filho. Bruno Henrique, na Câmara, é identificado como membro da equipe do parlamentar, mas não é oficialmente contratado. Já sua mãe, contratada, nunca foi vista no local.
Mãe e filho negam irregularidades e afirmam que ambos compõem a equipe do vereador.
Meche é membro do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo que capitaneou manifestações pelo impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff e que tinha como mote o combate à corrupção e a instauração de uma "nova política". Esse é o segundo caso envolvendo irregularidades entre membros do MBL que entraram para a política institucional em menos de uma semana. Recentemente, o vereador eleito em São Paulo, Fernando Holiday (DEM), foi acusado de usar caixa 2 em sua campanha.
O vereador de Americana informou que só se pronunciará sobre o caso quando for notificado oficialmente.