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Para se ter um ideia do pouco efeito produzido pela manifestação de 200 apoiadores de Bolsonaro, do outro lado da rua, duas mil pessoas aplaudiam o discurso do ex-presidente, em Campos, no Rio de Janeiro.
Da Redação*
Um grupo de apoiadores do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) resolveu organizar uma manifestação contra Lula, com o objetivo de mostrar nas redes sociais. O ex-presidente segue tranquilo a terceira etapa de sua caravana, que está em Campos, no estado do Rio de Janeiro.
Com uma faixa com a inscrição "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão", cerca de 200 bolsominions fizeram protesto nas escadarias da Câmara de Vereadores de Campos, diante da praça onde Lula deu início à visita ao Estado do Rio. O grupo queimou bandeiras e gritou palavras de ordem. Entre os gritos, o nome de Carlos Alberto Brilhante Ustra (torturador, coronel do Exército, ex-chefe do DOI-CODI, um dos órgãos atuantes na repressão política, durante o período do ditadura militar).
Para se ter um ideia do pouco efeito produzido pela manifestação, do outro lado da rua, cerca de duas mil pessoas apoiavam o discurso do ex-presidente. No palanque, Lula chamou a população do Rio de cordata, mas disse que o fluminense se sente traído pela classe política.
Ele contou ainda ter sido alertado por seus colaboradores sobre o ânimo do eleitor do Rio. Interlocutores do ex-presidente dizem que, advertido, Lula afirmou que não se entra no jogo apenas quando se está em vantagem. "Se o povo está desacreditado, a gente tem que conversar seriamente com o povo", discursou.
Sem citar Bolsonaro, Lula lembrou que um pré-candidato defendeu a posse de fuzis para fazendeiros. "Não vou dar fuzil para fazendeiro. Vou dar terra para trabalhador rural", discursou Lula.
Após o encerramento do ato, que consumiu menos de uma hora, apoiadores e opositores de Lula trocaram insultos na rua, contidos por um cordão da PM.
Para ser levado ao ato, Lula dispensou o ônibus, símbolo da caravana, e optou por um carro de passeio. Lula já avisou que se prepara para ir ao Paraná, sede da "República de Curitiba".
*Com informações do Valor
Foto: Divulgação