Mano Brown e Francisco Bosco debatem movimentos identitários

Assista a conversa, promovida pela Trip TV

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Assista a conversa, promovida pela Trip TV Da Redação O rapper Mano Brown e o escritor Francisco Bosco discutiram, em evento promovido pela Trip TV e gravado em vídeo, o crescimento dos movimentos identitários, como o movimento negro, LGBT e feminista, no cenário brasileiro atual e a necessidade de que os debates sejam públicos e irrestritos, para fazer avançar as lutas sobre os direitos humanos no país. Entre o enfoque acadêmico e o de quem arrancou das ruas o aprendizado, os dois completam frases e ideias sobre o Brasil pós-Lula e Dilma e o que ainda vem por ai. “Agora os inimigos estão levantando a mão e dizendo: Não gosto de você e eu digo: obrigado por você ser sincero. De você eu não vou ser apunhalado pelas costas”, disse Mano Brown. Por sua vez, Francisco Bosco aponta para as semelhanças entre Brown e Lula: “Você e o Lula têm uma afinidade muito fundamental. O Lula foi uma espécie de voz de trovão anti-cordial na política brasileira e você foi essa voz na cultura”. Brown, sem pestanejar, responde com humor: “Não é só o Lula e os Racionais. É o Santos também. O Santos, o Lula e o Racionais. O Lula não ganhava e o Santos também não ganhava. Quando o Lula ganhou, o Santos ganhou, o Metrô chegou no Capão e eu gravei meu disco e era o ano que não deveria ter acabado: 2002”, exaltou. Bosco chama a atenção para o que “a gente está vivendo agora, essa força do movimento identitário, tem um bando de gente que estudou por causa do Lula”. Já para Brow, isso não se deve apenas a Lula. “A raça negra aprendeu a ter ambição, coisa que era proibido. Quando os caras tiram os planos da gente, tiram a vontade de viver, ali você matou o preto. Então, dentro do nosso movimento tem o negão contra a cota. O cara é inteligente, tem o direito de não querer. Ele tem os motivos de não querer. E têm os manos que têm o motivo de querer”, completou. Para Mano Brow, cor é uma preocupação muito mais do branco do que do preto. “O negro não é preocupado com lance de cor. Cor é pouco para unir. Precisa de mais. Eu vejo os negros procurando mais a modernidade e o futuro do que coisas ligadas à raiz. A raiz está impressa no cabelo, na foto do avô, nas histórias que ouviu. O que passou, passou”, disse. Assista a conversa completa aqui. *Com informações da Trip TV Foto: Reprodução