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Ivo Gomes, prefeito da cidade de Sobral, é acusado de compra de votos. Em agosto, no entanto, o Ministério Público Eleitoral do Ceará enviou um parecer à Justiça Eleitoral afirmando ser improcedente a cassação por falta de provas. Ainda cabe recurso
Por Redação
A Justiça Eleitoral do Ceará cassou, nesta terça-feira (28), o mandato do prefeito Ivo Gomes (PDT) e da vice-prefeita Christianne Coelho. Segundo a decisão, proferida pelo juiz eleitoral Fábio Medeiros Falcão Andrade, da 24ª zona eleitoral, a chapa de Ivo Gomes, que é irmão do ex-ministro Ciro Gomes, teria comprado votos nas eleições de 2016.
A condenação parte de uma ação impetrada pelo deputado federal Moses Rodrigues (PMDB), segundo lugar na votação daquele ano.
Na decisão, o juiz citou depoimentos de moradores que supostamente teriam recebido dinheiro e troca do voto em Ivo Gomes. O magistrado ressaltou que o próprio Moses, autor da ação, poderia ter realizado compra de votos também mas, no caso dele, segundo o juiz, não há provas.
A decisão ocorre em primeira instância e Ivo Gomes pode permanecer no cargo enquanto recorre na Justiça Eleitoral. Em nota publicada no Facebook, o prefeito negou as acusações e confirmou que vai recorrer. "Nunca, em momento algum e por respeito às pessoas, comprei voto de quem quer que seja, nesta ou em nenhuma outra eleição”, escreveu.
Em agosto, o Ministério Público Eleitoral do Ceará enviou um parecer à Justiça Eleitoral afirmando ser improcedente a cassação por falta de provas. “Em nenhum momento houve prova do abuso do poder econômico, político, de autoridade ou captação ilícita de sufrágio”, diz o documento assinado pelo promotor eleitoral Wander de Almeida Timbó, que foi ignorado pelo juiz que cassou o mandato de Ivo.