Escrito en
POLÍTICA
el
"Eficiência de gestão": Jairo Junqueira, militarista de 68 que havia sido nomeado para a coordenação de políticas para crianças e adolescentes, foi exonerado apenas um dia após assumir o cargo em meio a críticas e informações de pendências administrativas com o governo municipal - informações essas que a prefeitura admitiu só ter tido conhecimento agora
Por Redação
Mais uma vez, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), troca de secretário. Dessa vez, a nomeação durou apenas um dia. Trata-se de Jairo Junqueira da Silva Filho, cuja nomeação para a coordenação de políticas para Crianças e Adolescentes, da secretaria municipal de Direitos Humanos, havia sido publicada nesta quinta-feira (16) no Diário Oficial do Município.
A nomeação de Jairo foi extremamente questionada pelo fato de ele ter 68 anos e ser militarista - um entusiasta das Forças Armadas que defende, inclusive, o porte de arma para cidadãos comuns. Fora esses dois fatores, que para pessoas ligadas à pauta da coordenação são incondizentes com a função que deveria assumir, surgiram informações de que Junqueira tinha pendências administrativas com a prefeitura da época em que presidia o Instituto de Estudos e Pesquisas em Tecnologia Social, Educação, Cultura e Desenolvimento Urbano (ITED). De acordo com o próprio Diário Oficial do Município, o instituto de Jairo deixou de prestar contas para a prefeitura entre 2006 e 2007.
Divulgada inicialmente pelos Jornalistas Livres e repercutida pela Fórum em outra matéria, a informação sobre as pendências administrativas com a prefeitura foi o principal motivo para a exoneração da Jairo, que é filho de militar. A gestão de João Doria, inclusive, confessou na nota enviada à Fórum, ao ser confrontada com a informação, que só soube do fato agora.
"A SMDHC desconhecia até a presente data os apontamentos do CADIN envolvendo a referida pessoa. Com vistas a realizar a melhor gestão possível, esta Secretaria não pode admitir em seus quadros funcionais pessoas com quaisquer pendências administrativas - daí a necessidade da exoneração", diz a nota da secretaria municipal de Direitos Humanos.