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Ex-deputado teria ameaçado revelar conteúdo das reuniões feitas com Temer ao saber que não seria poupado na votação que culminou na perda de seu mandato
Por Redação
De acordo com reportagem de Fábio Serapião, do jornal O Estado de S. Paulo, a cassação do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já estava encaminhada e foi concretizada após ameaças que o parlamentar teria feito ao presidente empossado Michel Temer.
O texto afirma que antigos aliados de Cunha confirmaram que ele ameaçou Temer de “contar a quem quisesse ouvir” como planejaram juntos o impeachment de Dilma Rousseff. Os dois mantiveram reuniões, nas quais os detalhes do processo teriam sido discutidos.
Pizza e ameaça
Antes da votação que definiria a cassação do mandato de Eduardo Cunha e de seus direitos políticos, o atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), convidou políticos e jornalistas para uma rodada de pizza em um encontro descontraído na residência oficial. Geddel Vieira Lima e Moreira Franco estavam entre os presentes.
Durante o encontro, dois aliados de Cunha teriam ido ao local perguntar a Maia se a votação seria iniciada somente quando houvesse 420 deputados na sessão, como prometido. O presidente confirmou, mas disse que se houvesse tentativa de atrasar a votação, iniciaria com qualquer número maior que 300.
Devido a essa declaração, Cunha teria disparado ligações e, na segunda-feira (12), logo pela manhã, teria ameaçado diretamente Michel Temer e prometido revelar detalhes que culminaram no golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff.
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil