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Agripino recebe R$ 33,7 mil de salário como senador, que já é o limite máximo permitido pelo teto do funcionalismo público no Brasil. No entanto, o líder do Democratas também tem R$ 30,4 mil de "pensão vitalícia de ex-governador". Ministério Público do Rio Grande do Norte cobra que ele devolva mais de R$ 1 milhão acumulado ilegalmente
Por Redação
Na segunda-feira (4), o Ministério Público do Rio Grande do Norte entrou com uma ação cobrando que o senador Agripino Maia (DEM-RN) devolva aos cofres públicos um total de R$ 1.036.141,88 devido a recursos acumulados ilegalmente nos últimos anos.
Agripino recebe R$ 33,7 mil por mês pelo seu salário como senador. O valor é o máximo permitido a qualquer servidor público no Brasil. No entanto, o líder dos Democratas também tem R$ 30,4 mil de "pensão vitalícia de ex-governador". Se forem somados os dois salários, o político recebe quase o dobro do estabelecido como teto do funcionalismo público.
O senador é beneficiado com a "pensão especial" vitalícia de ex-governador desde 1986, ano em que deixou o governo (foi eleito em 1983), após seu primeiro mandato. Os vencimentos equivalem aos dos chefes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário estadual da ativa e o pagamento só foi interrompido entre março de 1991 e março de 1994, quando ele voltou a ocupar o cargo de governador daquele estado.
Na liminar, o MPF deu 48 horas de prazo ao senador para ele decidir de qual de suas fontes de renda será descontado o excedente do teto. Caso não faça essa opção, o Senado deverá descontar o valor que ultrapassa o limite estabelecido pela Constituição.