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Em entrevista coletiva, o presidente afastado da Câmara dos Deputados falou por cerca de uma hora mas não comentou sobre as contas no exterior. O parlamentar criticou cobertura midiática, “inclusive o Jornal Nacional”. GloboNews interrompeu a transmissão da entrevista
Por Redação
Com mandato suspenso e afastado da presidência da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) convocou entrevista coletiva para se defender publicamente das acusações. Durante os sessenta minutos em que falou paralelamente à TV Câmara, o parlamentar afirmou ter sua defesa cerceada. Nas explicações, Cunha criticou a cobertura dos jornais e portais sobre o caso e incluiu o Jornal Nacional entre os citados. Pouco tempo depois a GloboNews interrompeu a transmissão da entrevista.
Longe do comando da casa, Eduardo Cunha já não pode mais manobrar para adiar as investigações que apontam quebra de decoro parlamentar. O peemedebista sofreu uma primeira derrota ao ver o relatório final do Conselho de Ética aprovado por 11 votos a 9 e, ainda, foi surpreendido com a retirada da consulta que poderia tornar mais branda a sua pena pelo presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), nesta segunda-feira (20).
Cunha é acusado de mentir à CPI da Petrobras, uma vez que disse não possuir contas no exterior. As investigações da Operação Lava Jato apontaram que o deputado possuía contas na Suíça, além de uma frota de carros de luxo.
O presidente afastado apontou que a culpa de grande parte do que têm acontecido a ele seria do PT.
“Grande parte das acusações do que acontece tem a ver com operações da Petrobras em 2005 e 2006 quando estávamos em confronto forte com o PT”. O presidente afastado disse ainda ter sido vítima de suposta tentativa de chantagem de Jaques Wagner, ex-ministro-chefe da Casa Civil.
Foto: J.Batista / Câmara dos Deputados