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Edson Aparecido é suspeito de enriquecimento ilícito por ter alegado ter comprado por 30% do valor de mercado apartamento que pertencia a empreiteiro que presta serviços para o governo paulista
Daniel Mello, da Agência Brasil
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, negou hoje (7) que o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, investigado por improbidade administrativa, vá deixar o cargo. “Eu não tenho nenhuma proposta de fazer reforma no secretariado”, disse o governador, ao ser perguntado sobre a possibilidade.
Na última segunda-feira (29), o Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu inquérito para apurar a compra de um apartamento por Edson Aparecido. O promotor Marcelo Milani decidiu começar a investigação após reportagem do portal UOL informar que o secretário comprara um imóvel por um terço do valor de mercado. Segundo o texto, o apartamento, localizado na zonal sul paulistana, vale cerca de R$ 2 milhões, mas foi adquirido por R$ 602 mil.
Milani destacou que o proprietário do imóvel, Luiz Alberto Kamilos, também é dono da Construtora Kamilos. De acordo com o promotor, a empresa foi “contratada pelo estado de São Paulo para a execução de vultosas obras públicas”. Para Milani, o caso gerou suspeitas sobre a “possível incompatibilidade de sua [de Edson Aparecido] remuneração pública com a sua respectiva evolução patrimonial.”
Em nota, o secretário disse que prestará todos os esclarecimentos necessários ao Ministério Público. Segundo Aparecido, o apartamento foi comprado de maneira “lícita e transparente” há mais de 10 anos, quando ele ainda não fazia parte do governo. “Tudo foi devidamente registrado nos órgãos competentes e declarado à Receita Federal e aos respectivos tribunais eleitorais. Não há nenhuma ilegalidade ou qualquer ocultação de patrimônio”, diz ainda a nota do secretário.