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Ministro-chefe da Secretaria de Governo afirmou que a presidenta Dilma decidiu que não faltará recursos para o combate ao mosquito
Bianca Paiva, da Agência Brasil
Apesar da crise financeira, o governo federal poderá remanejar recursos para combater o mosquito Aedes aegypti, se for necessário. A informação é do titular da Secretaria de Governo da Presidência da República, ministro Ricardo Berzoini, que esteve hoje (13) em Manaus, no Amazonas, para participar das ações do Dia Nacional de Mobilização contra o Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e do vírus Zika.
“A presidenta Dilma já anunciou que não faltarão recursos, mesmo nesse ambiente de difícil gestão orçamentária. Se necessário, vamos remanejar orçamento para assegurar que não faltem recursos [no combate ao mosquito]”, afirmou Berzoini.
O ministro pediu ainda a participação da população. “A ação do governo é fundamental, mas a ação da sociedade é decisiva. Se não houver uma mobilização em cada casa, em cada propriedade comercial, em cada local que possa haver criadouro, todo o esforço governamental e daqueles que estão mobilizados pode ser colocada em risco pela omissão de uma parcela minoritária, que não se mobiliza”, disse.
Também participaram do evento, o governador do Amazonas, José Melo, e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto. Melo destacou a importância da união de todos: população, governo e Forças Armadas, no combate à proliferação do mosquito.
"Esse mosquito é extremamente nocivo para a sociedade e ele precisa ser enfrentado por todos. Assim como a educação só é possível quando os pais e as escolas se unem e quando tem políticas públicas, assim também [em relação ao Aedes], para que a gente possa combater na origem, essas doenças todas decorrentes desse mosquito. Precisamos todos nos unir”, declarou Melo.
Mobilização
Ao longo deste sábado, cerca de 72,8 mil imóveis, em 43 bairros de todas as regiões de Manaus, serão inspecionados. Nos municípios no interior do estado, a expectativa é que sejam visitados 27 mil domicílios.
A engenheira civil Lilian Melo entende a importância da ação e abriu sua casa para a equipe. “A gente sabe que hoje Manaus inteira está em campanha. A gente sabe que precisa de uma resposta. É importante que a população corresponda a essa iniciativa”, disse a moradora.
O aposentado Eduardo Sálem diz que cuida para que haja não criadouros do mosquito em sua casa, mas reclama da vizinhança. “A gente fica chateado porque a gente cuida e os outros não cuidam. Se todo mundo cuidadesse, a gente estava bem de saúde”, lamentou.
Segundo dados da Fundação em Vigilância em Saúde, em 2015 o Amazonas registrou 7.835 casos de dengue e 170 casos de Chikungunya. Em 2016, já foram 380 notificações de vírus Zika, com 25 casos confirmados, sete dos quais em gestantes.
O Aedes aegypti, que até pouco tempo era conhecido apenas como o transmissor do vírus da dengue e da febre amarela, agora também é conhecido por transmitir chikungunya e o vírus da Zika, que quando infecta gestantes pode provocar microcefalia nos fetos.
A Organização Mundial da Saúde declarou emergência de saúde pública de importância internacional devido à relação entre o Zika e a malformação e estima que, em todo continente americano, até quatro milhões de pessoas serão infectadas pelo vírus em 2016.