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O deputado federal desferiu duras críticas contra o correligionário e defendeu seu afastamento da presidência da Câmara, em que "dificuldades" e "embates" deverão ser "uma constante" nos trabalhos do segundo semestre: "É o melhor caminho para que possa se explicar e se defender das acusações que lhe pesam", escreveu em artigo na Folha de S. Paulo; Quanto ao rompimento de Cunha com o governo, parlamentar classifica como"demonstração oportunista e aproveitadora"
Por Brasil 247
Em um artigo duro contra o correligionário Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) defende neste domingo 26 que o afastamento de Cunha do cargo "é o melhor caminho", até para que "possa se explicar e se defender das acusações que lhe pesam".
Cunha foi acusado pelo delator Júlio Delgado, da Lava Jato, de ter recebido US$ 5 milhões em propina. Depois que a denúncia veio à tona, o presidente da Câmara anunciou seu rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff, afirmando que se tratava de decisão "pessoal" e que não afetaria sua atuação como comandante da Casa. Jarbas define a decisão como "demonstração oportunista e aproveitadora", que "não pode" ser dissociada do cargo que hoje ocupa.
Sobre os trabalhos realizados na Casa no primeiro semestre, o cacique do PMDB faz críticas ferrenhas: foram marcados pelo "autoritarismo", de forma "precipitada e desordenada". "A população pôde acompanhar sessões de votações cheias de manobras regimentais. Esses manejos procedimentais fizeram com que assuntos altamente relevantes passassem pela Casa sem as discussões necessárias, como a terceirização, a redução da maioridade penal e essa falsa reforma política que está sendo discutida no Congresso", exemplifica.
Ele defende ainda que na Câmara dos Deputados, "onde estão em jogo projetos e ações que mexem com a vida de toda a população brasileira, não é correto trabalhar de forma medíocre e confusa, como ocorreu no primeiro semestre deste ano". Para o segundo semestre, prevê que "dificuldades e embates serão uma constante".
"Não podemos, como representantes eleitos da população, correr o risco de trabalhar pautados por quem não tem condições éticas de exercer sua função", conclui.
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