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Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (18), após o anúncio de novas medidas contra a corrupção, o ministro da Justiça afirmou que o governo precisou de “coragem política” para criar mecanismos que possam expor irregularidades, em vez de acobertá-las
Por Maíra Streit
Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, participou de uma coletiva de imprensa no início da tarde desta quarta-feira (18), logo após o lançamento do pacote anticorrupção anunciado pelo governo. Na ocasião, ele ressaltou as medidas tomadas nos últimos doze anos para coibir a propagação de atos ilícitos no poder público. Estiveram presentes ainda os ministros da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, e da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão.
Durante sua fala, Cardozo fez questão de frisar que muitos casos de corrupção que povoam os noticiários são resultado de uma intensa fiscalização que vem sendo efetuada nessa área. “Não tivessem o governo da presidente Dilma e o governo do presidente Lula criado esses mecanismos, provavelmente muitas das coisas que estão sendo investigadas hoje permaneceriam no subterrâneo, sem descoberta”, declarou.
Segundo ele, o governo assumiu o risco de criar uma insatisfação na sociedade, mas precisou de “coragem política” para implantar meios de expor a corrupção, em vez de acobertá-la. Mais uma vez, o ministro afirmou que a presidenta é “intransigente” com qualquer tipo de irregularidade. “Eu tenho absoluta certeza que a história reconhecerá no governo da presidenta Dilma e no governo do presidente Lula os governos que criaram as condições efetivas para transformar o Brasil na questão da corrupção”, disse.
Questionado por jornalistas se o pacote anunciado hoje seria uma resposta às manifestações contra o governo ocorridas no último domingo, Cardozo destacou que as medidas já haviam sido anunciadas na campanha eleitoral e no discurso de posse de Dilma Rousseff.
Sobre levantamento recente do Datafolha, que mostra queda na popularidade da presidenta, o ministro da Justiça afirmou que a pesquisa reproduz um instante que pode ser mudado. “Ela fotografa o momento, mas não aprisiona a realidade fotografada. A realidade se altera”, enfatizou.
Foto de capa: NBR