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No boletim de ocorrência em que registrou a posse dos "pixulecos" usados em manifestações anti-Dilma, Hélio Imbrósio Oliveira declarou apenas ser empresário, mas a verdade é que ele é militar da Força Aérea Brasileira e já passou, inclusive, pelo setor de inteligência; episódio com os bonecos teria resultado em agressão a ativista de esquerda sob o aval da polícia
Por Redação
Chamou a atenção nas redes sociais e nos veículos de imprensa, no final do mês passado, o episódio em que um professor e ativista de esquerda foi agredido por seguranças e manifestantes anti-Dilma em um protesto em Natal (RN) sob o olhar complacente da Polícia Militar. A agressão teria começado depois que militantes da União da Juventude Socialista (UJS) rasgaram os bonecos infláveis que ironizam a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Depois da confusão, um homem registrou um boletim de ocorrência e declarou ser o proprietário dos bonecos que fazem alusões pejorativas. No registro, ele alegou ser empresário, mas ocultou seu passado.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na 1ª Delegacia da Zona Sul de Natal - documento a que Fórum teve acesso -, Hélio Imbrósio Oliveira afirmou ter tido prejuízo financeiro de R$ 24 mil com os bonecos furados e declarou, na ocasião, ser empresário - sem especificar o ramo.
Uma rápida pesquisa, no entanto, mostra que o manifestante opositor não é apenas empresário, mas um militar da reserva da Força Aérea Brasileira.
Nesta página, por exemplo, Oliveira aparece numa relação de aviadores da reserva oriundos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR). Em outra, ele é descrito como Tenente-Coronel Hélio Imbrósio de Oliveira, à época Comandante do Grupo de Serviços de Base (GSB) da Base Aérea de Natal (BANT) - ambos setores da área de inteligência da FAB.
A descoberta que, além de militar da reserva, Oliveira mantém uma empresa de segurança em Brasília, vem assustando militantes de esquerda já que a agressão ao professor, diante de policiais militares, foi executada por seguranças particulares em uma manifestação.
Foto: Reprodução