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Em imagens que circulam nas redes sociais, doces com o logo do deputado Coronel Telhada (PSDB-SP) exibem um trocadilho com a chamada "bancada da bala", formada por políticos ligados à indústria das armas, ex-policiais e militares. Entre janeiro e novembro de 2014, 816 pessoas foram mortas por policiais militares em São Paulo.
Por Brasil de Fato
Circula nas redes sociais imagens de balas com o logo do deputado Coronel Telhada (PSDB-SP) nas embalagens. Há um trocadilho entre o doce e a chamada “bancada da bala”, que reúne políticos ligados à indústria de armas, ex-policiais e militares. Enquanto os deputados satirizam, as balas “munições” matam cada vez mais nas capitais brasileiras.
[caption id="attachment_73327" align="alignleft" width="300"] Imagem: Reprodução / Facebook[/caption]
Entre janeiro e novembro de 2014, 816 pessoas foram mortas por policiais militares em São Paulo, segundo levantamentos feitos pela Ponte, isso com base nos dados do Centro de Inteligência da Polícia Militar e da Corregedoria - órgão fiscalizador - da corporação. A letalidade policial foi maior do que em 2006 e 2012, anos de enfrentamento das forças de segurança contra o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Além disso, de acordo com o 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (30), 43 pessoas morrem por dia vítimas de violência nas capitais brasileiras, o que equivale a duas mortes por hora. O total de mortes é de 15.932 nas 27 capitais, número pouco maior (0,8%) do que os 15.804 registrados em 2013.
Segundo informações de fontes em Brasília, os doces estão sendo distribuídos pelo gabinete do deputado federal delegado Eder Mauro Cardoso (PSD-PA). Junto a ele, o Coronel Telhada e cerca de mais de 20 deputados formam a “bancada da bala”, que defende medidas consideradas conservadoras como, por exemplo, a redução da maioridade penal e a derrubada do Estatuto do Desarmamento.
Chacinas
No primeiro semestre de 2015, o número de mortes em intervenções policiais chegou a 358, um recorde nos últimos dez anos. A chacina de Osasco e Barueri é considerada uma das mais violentas da história, com 19 pessoas mortas. Até agora, só um PM suspeito foi preso, na semana seguinte aos ataques.
Foto de capa: Reprodução