Escrito en
POLÍTICA
el
Ex-presidente também ignorou provas e depoimentos que incriminam tucanos e afirmou que propinoduto é “manipulação política”
Por Redação
[caption id="attachment_40448" align="alignleft" width="300"]
(Foto: José Cruz/ABr)[/caption]
Fernando Henrique Cardoso reconheceu a existência do “Mensalão tucano”, porém, tentando amenizar a gravidade justificando que foi “caixa dois”. “Foi, eventualmente, desvio de recursos para campanha eleitoral e não compra sistemática de apoio para o governo no Congresso.”
Na entrevista, condedida ao blogue do jornalista Josias de Souza, na Folha de S. Paulo, FHC também falou sobre o escândalo de corrupção envolvendo políticos do PSDB e um cartel de empresas, lideradas pela Siemens, que se favorecia nos processos de licitação da CPTM e do Metrô.
Para o ex-presidente, as provas e os depoimentos que apontam os tucanos de alta plumagem, como o vereador Andrea Matarazzo, envolvidos com as empresas não são suficientes e foram ignoradas na entrevista. “Acho que tem que ser apurado. Se trata de surborno, parece óbvio, de funcionários. Qual é o elo disso com o governador ou com o partido? Eu não vi nem indício”, afirmou FHC, para quem o caso não passa de “manipulação política.”
Muito já se disse que “Lula elege até poste” nesse país. Justamente essa citação foi usada por FHC para ironizar o petista, ao final da entrevista. “Eu tenho receio de outra coisa. Que o Lula, de botar tanto poste sem luz, acabe escurecendo o Brasil. É preciso evitar isso”.

Comunicar erro
Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar