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Deputados tucanos e aliados faltam em comissão que tenta convocar ex-diretor da Siemens para depor. Parlamentares não justificam ausências
Por Igor Carvalho
[caption id="attachment_37550" align="alignleft" width="300"] O cartel de empresas que comandava as fraudes no Metrô e na CPTM teria atuado nos governos Geraldo Alckmin e José Serra, além de Covas (Foto: Daniel Guimarães / Governo do Estado de São Paulo)[/caption]
Estava marcada para a última terça-feira (3), mais uma reunião da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que discutiria a convocação do ex-diretor da Siemens, Everton Rheinheimer, para depor sobre o chamado “propinoduto tucano”. Porém, pela terceira semana seguida, deputados da base do governador Geraldo Alckmin (PSDB) faltaram.
O boicote aos encontros da comissão é uma forma de barrar a investigação sobre o escândalo que revelou um esquema de cartel nas licitações da CPTM e do Metrô paulista. Rheinheimer apresentou um relatório onde afirma que políticos do PSDB e do DEM recebiam propina para caixa 2.
A comissão, presidida pelo deputado Alencar Santana (PT), conta com 12 membros fixos. Porém, na última terça-feira (3), apenas quatro deputados estiveram no local: Geraldo Cruz (PT), Zico Prado (PT), Aldo Demarchi (DEM), além do próprio presidente. De acordo com o regulamento da Alesp, a reunião de uma comissão permanente, como é a de Infraestrutura, só pode acontecer se houver a presença mínima de 5 parlamentares.
Faltaram à reunião os tucanos Dilador Borges (que chegou a entrar na sala, mas saiu antes, para evitar que desse quórum mínimo), Analice Fernandes e Ramalho da Construção, além dos deputados André do Prado (PR), Dilmo dos Santos (PV), Marcos Neves (PV) e Alex Manente (PPS).
A reportagem de Fórum ligou para o gabinete de todos os parlamentares que estão boicotando os encontros, indagando: “Por que o deputado faltou nas últimas três reuniões da Comissão de Infraestrutura?”, porém nenhum dos parlamentares respondeu. Alguns assessores deixaram de atender após saber sobre o que era a reportagem.
Por meio da assessoria de Dilmo dos Santos (PV), a esposa do deputado informou que ele pediu licença médica nesta semana (até dia 11) e não poderia responder a indagação. Ramalho da Construção (PSDB) informou que estava verificando as obras de construção da colônia de férias do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), do qual é presidente.