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Por “falha administrativa”, pedido de investigação sobre pagamento de propinas ao governo de SP não é encaminhado pelo MP brasileiro e Suíça decide arquivar caso Da Redação
Os deputados petistas José Guimarães (CE), Renato Simões (PT-SP), Ricardo Berzoini (PT-SP) e Edson Santos (PT-RJ) vão protocolar, na próxima segunda-feira (4), representação junto ao Conselho Nacional do Ministério Público contra o procurador Rodrigo De Grandis. O membro do MPF-SP é suspeito de ter atrasado as investigações sobre o possível envolvimento de autoridades públicas do governo tucano de São Paulo num esquema de pagamento de propinas envolvendo a empresa Alstom. Na semana passada, o Ministério Público da Suíça informou que iria arquivar as investigações sobre três suspeitos de intermediarem pagamentos de propina a agentes públicos do governo paulista. O motivo seria a falta de colaboração do MP brasileiro nas investigações. O pedido dos suíços havia sido feito há mais de dois anos. Eles solicitavam a investigação dos consultores Arthur Teixeira, Sérgio Teixeira e José Amaro Pinto Ramos, suspeitos de intermediar as propinas, e do ex-diretor da CPTM, João Roberto Zaniboni, que teria recebido US$ 836 mil (equivalentes a R$1,84 milhão na cotação atual) da Alstom na Suíça. “Pelo que apontam os noticiários e as evidências, De Grandis descumpriu os princípios constitucionais e deveres funcionais ao deixar de encaminhar investigação sobre práticas de corrupção de agentes públicos ligados ao governo de São Paulo”, diz o deputado Renato Simões. O procurador da República em São Paulo Rodrigo de Grandis é o responsável pelo caso. Ele alegou que a investigação não foi feita devido a uma “falha administrativa”: o pedido teria sido arquivado numa pasta errada. Para os petistas, a omissão do procurador paulista “desrespeitou a missão institucional do Ministério Público, impossibilitou o avanço na apuração de crimes de corrupção e permitiu a impunidade dos envolvidos”. No documento, os deputados solicitam que o CNMP “apure se de fato aconteceu às violações aos preceitos legais e funcionais que os indícios já apurados apontam” e, “sendo verdadeiros os fatos, que promova a devida aplicação de penalidade, de forma a fazer com que seja responsabilizado o responsável pela omissão na investigação e apuração dos crimes de corrupção perpetrados pelos agentes do Governo de São Paulo”.