Nas eleições internas antecipadas para dezembro, o deputado declarou que não descarta totalmente a candidatura, mas prefere cuidar do mandato. Palocci e Ideli cotados
Por Redação
O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, declarou que não pretende disputar a reeleição ao cargo no Processo de eleições Diretas (PED) antecipado para dezembro deste ano. No cargo desde outubro de 2005, o deputado federal se diz disposto a cuidar do mandato.
Não fecho totalmente a porta, mas acredito que o mais correto é fazer alternância na presidência neste momento", afirmou o dirigente. Em 2006, em meio ao escândalo do dinheiro apreendido para comprar um suposto dossiê contra o então candidato ao governo de São Paulo José Serra, o deputado teve 20 mil votos a menos do que em 2002. Embora a crise – cujas investigações o deixaram de fora, inocentado – tenha sido apontada como principal motivo, a gestão do partido tomava a maior parte de seu tempo.
Berzoini não indicou quem pretende apoiar na sucessão para não excluir pré-candidatos. Enquanto sua tendência, o antigo Campo Majoritário, trabalha para lançar um nome isoladamente, ele diz preferir a idéia de uma coalizão com outras correntes. Berzoini foi eleito para o diretório nacional pela primeira vez em 2001 pela tendência PT de Lutas e de Massas (PTLM), em coalizão com o Campo Majoritário.
Quando eleito presidente da sigla, sua tendência fez 34 das 83 cadeiras do diretório nacional. Mesmo tendo a maior representação, o grupo não é mais maioria. Por isso, faz uma gestão mais aberta a negociação, embora tenha sido capaz de limitar os processos de conselho de ética contra acusados de corrupção.
O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, foi um dos primeiros cotados como substituto, mas negou a intenção. O grupo da ministra do Turismo Marta Suplicy vem cogitando o nome do ex-ministro da Fazenda, deputado federal Antonio Palocci. A líder do PT no Senado, a catarinense Ideli Salvatti, também é apontada.