Governo Lula é sinal de que o PT está no caminho certo, diz Tião Viana

O senador do Acre destaca a redução da desigualdade como exemplo de acerto do partido.

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O senador do Acre destaca a redução da desigualdade como exemplo de acerto do partido. Por Anselmo Massad Com crachá verde, de observador, o senador Tião Viana (PT-AC) conversava animado com o senador José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobrás. Respondeu às perguntas ao lado da caixa de som durante inflamado discurso de Miguel Rosseto, ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, em defesa da tese Mensagem ao Partido, junto de Tarso Genro e Olívio Dutra. Viana é do antigo Campo Majoritário que atualmente, mesmo sem nome, assina a tese "Construindo um novo Brasil". Confira as respostas. Fórum – Na sua visão, o que é o socialismo petista? Tião Viana – O PT é intolerante com a distância entre pobres e ricos. Por essa razão, se inseriu nos movimentos de massa. O PT fez ferver a sociedade com a participação nas mobilizações. As ONGs se instalaram para espalhar a mudança na sociedade. Por isso, é o partido que teve mais votos nas duas últimas eleições. Ao se afirmar socialista, o partido se torna seu próprio desafio, de promover uma política pública que possa gerar justiça social. Um exemplo é o governo Lula que conseguiu reduzir a pobreza em 21% em cinco anos. Em comparação com os períodos anteriores em que a concentração de riquezas aumentava, é um sinal de que é correto o caminho do PT. O projeto socialista é o de mais democracia, mais controle social, mais eficiência no atendimento às demandas populares. No Congresso Nacional, essas questões precisam ser referência permanente, para que se faça todo ano ajustes e mudanças estruturais nesse sentido, com mudanças na Previdência, na legislação trabalhista, na tributária, rumo a justiça social. Fórum – Durante a crise de 2005, na disputa interna, se falou muito em concentração de poder e também regional, com muita força para lideranças de São Paulo e do Sudeste. Isso mudou? Viana – Mudou. O eixo de representação mudou, atingiu o Nordeste, o Norte e o Centro Oeste. Há o governo do Acre, do Pará, há gestões no Nordeste, presença no Sul. A própria eleição de Lula faz parte desse alcance em todas as regiões. Acredito que seja um processo natural do partido e não de confrontos internos.