Os jornais noticiam que, até o Carnaval, o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, apresentará seu parecer sobre a trama golpista de 8 de janeiro de 2023. Quanto mais se aproxima a data, mais a extrema direita e o bolsonarismo se agitam e estrilam.
O alarido no plenário da Câmara dos Deputados tem beirado a neurose. Parafraseando o grande Chico Buarque, parece até que “beberam Trump” e “cheiraram Milei!”.
Além de defender anistia para golpistas e desidratação total da Ficha Limpa, os “ultras” (quase saiu “ustra!”) bradam contra o movimento VAT (“Vida além do trabalho”) e o fim da jornada 6x1, o programa estudantil “Pé de Meia” e o “Cozinha Solidária”.
Outro que meteu os pés pelas mãos foi o presidente da Câmara Federal. Na sexta-feira passada (7), saiu apressadamente defendendo que não houve tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito, mas apenas “uma baderna”. Sua fala pegou tão mal que, no início desta semana, dia 10, teve que procurar alguns ministros de STF para dizer que não disse o que disse.
Sabe o que essas manifestações significam? Desespero. Estão percebendo que vários de seus líderes, incluindo o seu mentor maior, o inominável, estão na iminência de se tornar réus no processo judicial, com possível prisão dos poderosos – e até aqui preservados – chefões da articulação golpista.
Ao contrário do falso alerta de terremoto em Ubatuba (SP) emitido pelo Google na madrugada desta sexta-feira (14), para a extrema direita há um alerta continuado de “terremoto político” chegando. Nesse caso, ele é muito real.
A Justiça tarda, mas não veste farda nem ampara neofascistas!
*Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.
