Um detalhe chamou atenção nesta primeira troca que envolveu três mulheres israelenses e 90 palestinos, neste domingo (19/01). As mulheres israelenses e 90 palestinos. As mulheres israelenses entregues à Cruz Vermelha, sob supervisão do Hamas e da Brigadas Al Qassam, grupamento militar do Hamas, são Romu Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher, que passaram mais de um ano sob a guarda do Hamas, tiveram suas identidades e rostos revelados pelo Hamas e por Israel.
Aparentemente pareciam estar bem, apresentando boa condição de saúde.
Ja os reféns palestinos que em grande parte estavam mantidos em cativeiro por Israel apresentavam visível desgaste físico como o caso da militante Khalida Jarrar, líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina e integrante do Conselho Legislativo Palestino.
Além disso, os palestinos estão impedidos por Israel de realizar qualquer festejo ou ato para receber seus reféns.
Agressões contra jornalistas e familiares palestinos
Segundo informações de fontes palestinas e de imagens de canais como da Al Jazeera, jornalistas foram agredidos por soldados israelenses no entorno da prisão de Ofer ao tentarem obter qualquer imagem ou depoimento dos libertados.
Colonos radicais de extrema-direita israelenses cometeram agressões contra familiares e jornalistas palestinos. Também foram registradas agressões de militares israelenses que atacaram parentes que aguardavam a saída de reféns palestinos na prisão de Ofer, na Cisjordânia.
Israel aterroriza familiares de reféns palestinos
Os primeiros reféns palestinos libertados só surgiram após 1h da manhã desta segunda-feira (20/01). A demora foi justificada pelo número menor de libertados que foi menor que os 90 anunciados incialmente.
A expectativa é de que Israel libere, em troca de 33 reféns, quase 2.000 reféns palestinos ao longo da primeira das três fases do acordo de cessar-fogo. Esse número inclui 1.167 moradores de Gaza que foram presos ao longo do massacre praticada por Israel no território.
Mais de 10 mil reféns palestinos encarcerados nas masmorras de Israel
Segundo a Addameer, uma organização palestina de direitos humanos até 7 de outubro de 2023 havia mais de 7 mil palestinos aprisionados em prisões israelenses, depois Israel encarcerou mais 3 mil. Ainda segundo a organização, atualmente há mais de 10.400 presos políticos palestinos em prisões do estado sionista. Deste número 3.376 são por prisão administrativa, o que significa detidos sem qualquer alegação judicial, 320 crianças e 88 mulheres.
Já faz dois dias que forças de segurança de Israel realizam em Jerusalém operações, invadindo casas de familiares de reféns palestinos, ameaçando-os com prisão caso realizem aglomerações com exibição de bandeira da Palestina.
Na Cisjordânia, os familiares foram alertados através de telefonemas feitos por oficiais israelenses que também realizaram ameaças.
"Parece que os sionistas voltaram de um spa"
"Isso mostra o quanto Israel é desumano. O palestino não pode estar feliz, não pode comemorar e sentir alívio, mostrando o quanto é animalesca a ocupação sionista nos territórios palestinos. É proibido mostrar o quanto os palestinos estão felizes não querem que as pessoas se comovam com os palestinos. É muito triste essa situação, já os sionistas parecem que voltaram de um spa", afirma a tradutora palestina-brasileira, Ruayda Rabah, que vive na Cisjordânia.
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.