Bashar al-Assad foi deposto. O agora ex-presidente da Síria, chamado de ditador pelo ocidente, se mandou para a Rússia após uma solução negociada. Bashar não era unanimidade em seu país, pelo contrário. Sua saída foi comemorada por muitos sírios no país e no exterior, inclusive no Brasil. Ele é acusado de perseguição política e assassinato de opositores.
Ao longo de 14 anos de guerra na Síria, o Irã, o Hezbollah e a Rússia apoiaram Bashar al-Assad, com apoio político e militar. Do outro lado, uma oposição armada, com vários grupos, com destaque para o Al Nusra, que se transformou em Hayat Tahrir al-Sham, conhecido pela forma abreviada como HTS, que acabou de tomar o poder de Assad, tendo Abu Mohammad al-Julani como seu líder.
Em janeiro de 2017, Al Julani promoveu uma fusão do HTS com grupos islâmicos rivais no noroeste da Síria, reivindicando assim o controle de áreas da província de Idlib que haviam saído das mãos do governo.
Al Julani teve apoio da Turquia (membro da Otan), dos Estados Unidos, de Israel, dos Emirados, do Catar, da Arábia Saudita, da Líbia, da França e Reino Unido, entre outros. Ele é acusado por vários crimes, com os estadunidenses oferecendo 10 milhões de dólares por informações que o levem a sua captura.
No ano de 2021, segundo um relatório produzido pelas Nações Unidas, foram realizados ataques contra civis na guerra civil da Síria, que começou em 2011. Esses ataques foram cometidos, segundo a ONU, tanto pelo governo de Bashar al-Assad, como também por grupos opositores em que se destacavam o Estado Islâmico, milícias curdas e o próprio HTS, grupo denunciado no relatório como sendo apoiado pelo EUA.
Enquanto isso, Israel e seu regime sionista comandado pelo genocida Netanyahu, que já assassinou mais de 45 mil pessoas na Faixa de Gaza, se aproveita da situação e avança sobre a Síria. As forças sionistas realizam ataques em larga escala por toda a Síria, tendo como alvo aeroportos e outras infraestruturas militares estratégicas, inclusive na capital, Damasco.
Analistas quebram a cabeça para entender o que acontece na Síria e qual será o futuro do conflito na Palestina. O Oriente Médio é realmente muito complexo e o futuro como não poderia deixar de ser, incerto.
*Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.