O leitor deve estar acompanhando pela imprensa as negociações envolvendo a sucessão de Arthur Lira. O que se vê é o "espírito de Centrão" dominar as conversas, carregadas do pragmatismo funcional que dilui ideias, da negação do Parlamento como espaço de dissenso civilizado e dos acertos por cargos na estrutura do Legislativo. Tudo isso fragiliza ainda mais a nossa débil democracia.
Nas tratativas para a presidência da Câmara dos Deputados, a pequena política do toma lá dá cá tornou-se a grande, quase a única. Quase!
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Qual a visão de Legislativo federal e a proposta de gestão democrática de Hugo Motta, o "ungido" por Lira, e dos que compõem com ele?
Queremos um Parlamento mais poroso às demandas populares, o que pressupõe uma profunda Reforma Política.
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Qual a prioridade dessa candidatura – de suposta "unanimidade" – em relação às pautas sociais? Qual a posição sobre "anistia" para golpistas? E acerca dos continuados ataques à legislação ambiental? O que se propõe quanto ao peso, transparência e idoneidade das emendas parlamentares, hoje quase sempre voltadas para a fidelização de "currais eleitorais"?
Onde estão propostas de um novo funcionamento da Câmara, com previsibilidade da pauta, elaborada em debate prévio com todas as forças partidárias?
Para nós, do PSOL, não servem jantares, acertos de gabinete e descaradas promessas de vagas, que envolvem até o TCU!
O PSOL, pequeno, mas com vocação de grandeza, não aceita essa pseudo "unidade" baseada em acordos de bastidores.
Por isso, não fomos procurados pelo esquemão dominante: sabem que não topamos esse rebaixamento da política.
Apresentaremos uma lista objetiva de propostas para o funcionamento democrático da Câmara dos Deputados. Queremos dialogar com quem rejeita esse "acordão" da casta política, voltado para o próprio umbigo.
*Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.