A onda de extrema direita que levou Bolsonaro à presidência da República inspirou a trama golpista que culminou no 8 de janeiro.
E produz, até hoje, figuras patéticas, psicologicamente alteradas, extremadas no seu ódio contra os outros (e contra si mesmos). Semeia perfis nefastos, que inclusive tentam ocupar mandatos políticos.
É o caso de Francisco Wanderley, o "Tiü França", dono do carro que explodiu perto da Câmara, e que morreu ao lançar bombas contra o STF. O tresloucado foi candidato derrotado a vereador pelo PL em Rio do Sul (SC), em 2020.
Seria mero acaso o atentado de ontem ter acontecido quando os cabeças das tratativas golpistas que culminaram no 8 de janeiro estão prestes a ser indiciados? A turma das trevas, que nunca teve apreço pelo Estado Democrático de Direito, anda bem nervosa por causa das conclusões do inquérito da PF e de seus desdobramentos no STJ.
O neofascismo é incubadora de personalidades doentias e perigosas. O extremismo da ultradireita no Brasil tem forjado pessoas assim: fanatizadas, sombrias, violentas.
E essa gente raivosa e golpista ainda quer "anistia"!?!
Há uma "direitopatia" que perdeu qualquer limite também com o que considera seu "avanço eleitoral", tanto no Brasil, quanto nos EUA.
Às vésperas do dia que marca a proclamação da nossa nada sereníssima República, reiteramos: não passarão!
Que tudo seja apurado com eficiência, detalhamento, celeridade e rigor: outros possíveis alvos do atentado (além do STF), a inteira motivação política do(s) autor(es) e suas eventuais conexões.
"Lobo solitário"? De alguma matilha ele saiu...
**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.