EXTREMA DIREITA

Enfim, a Cristofobia!

A Cristofobia, então, é o modus operandi dessa turma nefasta. Precisam destruir qualquer imagem de qualquer pessoa que se assemelhe ao Cristo, para fazer valer a visão deles, deturpada, violenta, persecutória e perversa da fé cristã

Enfim, a Cristofobia!.Créditos: Instagram/Reprodução
Escrito en OPINIÃO el

De tanto falarem, anunciarem, propagarem e procurarem a tal “cristofobia” (medo do Cristo) ela finalmente chegou em terras brasileiras, ou pelo menos foi alçada ao posto de “oficial”, já que nos bastidores ela sempre existiu. Mas não do jeito que seus propagadores queriam. Aliás, para espanto de um total de 0 pessoas são exatamente os divulgadores da existência de “cristofobia” no Brasil os seus executores. Nada mudou em 2000 anos de história. Quem persegue o Cristo continua sendo o conluio entre religiosos e políticos e, ultimamente, os políticos terrivelmente religiosos.

O Brasil assiste, atônito, o desenrolar de um dos maiores absurdos da nossa atual política, depois que o MBL (Movimento da Babaquice Liberada) ganhou status de “partido” e trouxe à baila política o que havia de pior na 5ª Série B dos porões dos filhotes da Ditadura. O tal vereador Rubinho Nunes, ex-MBL (uma espécie de ex-BBB da política), acusa ninguém menos que o Padre Julio Lancellotti de fazer parte de uma “máfia da miséria”, chegando a chamar o Padre de “cafetão” em uma de suas lives perversas.

Mas eu consigo entender o Rubinho. Raciocine comigo: para este sujeito, um fanfarrão da política, que galgou sua carreira em cima de mentiras e absurdos e que se afirma, antes de tudo, um “cristão” em suas redes sociais, a simples existência do Padre Júlio é uma denúncia de seu cristianismo fajuto e mentiroso. Padre Lancellotti é a antítese do “cristianismo” de Rubinho Nunes, logo, o vereador precisa destruir a imagem do Padre (e de qualquer outro cristão verdadeiro) para surrupiar esse título, afinal, ou Padre Julio é cristão ou Rubinho é cristão. Porque os dois são opostos na fé.

A Cristofobia, então, é o modus operandi dessa turma nefasta. Precisam destruir qualquer imagem de qualquer pessoa que se assemelhe ao Cristo, para fazer valer a visão deles, deturpada, violenta, persecutória e perversa da fé cristã. Pois só assim conseguem o status, a grana e o poder para continuarem suas maldades “em nome da fé”. É por isso que gente da laia do Rubinho, como Nikolas Ferreira, Malafaia, Magno Duplo Malte e Damares PRECISAM destruir as imagens de pessoas como Padre Julio, Pastor Henrique Vieira e tantos outros que, em nome do Cristo pobre de Nazaré, enfrenta a tirania da religião que rouba, mata e destrói.

Não tenho dúvidas ao afirmar que, para essa gente má, a vida de padres e pastores como Julio Lancellotti, Henrique Vieira, Wellington e Odja (pastores da Igreja Batista do Pinheiro em Maceió que têm enfrentado abertamente a poderosa Braskem) e tantos outras lideranças verdadeiramente proféticas são um entrave. Se pudessem, para essa escória do cristianismo racista, machista, lgbtfóbico e que odeia pobres o destino desses padres e pastores seria o mesmo de Padre Josimo, Irmã Dotothy Stang, Pastor Paulo Wright: serem assassinados pelos poderosos.

Isto sim é cristofobia. Não é a resistência ao absurdo de quererem impor sua interpretação da religião como parâmetro para a sociedade. A defesa do Estado Laico não é cristofobia, é democracia! Cristofobia é o que Rubinho Nunes faz ao perseguir um dos cristãos mais atuantes de nossa história, EXATAMENTE por seu compromisso com o Cristo, que é o compromisso com o pobre, o marginalizado, o excluído, a pessoa transformada em “coisa” por aqueles que deveriam defender, através da política, a dignidade humana.

Que Padre Júlio tenha vida longa e que continue, sem dizer nada, falando mais alto em suas ações que os gritos desesperados e des-graçados dessa gente “careta e covarde”. Vamos pedir piedade! Senhor, Piedade!