O genocídio em Gaza, violando todas as leis internacionais e afogando em brutalidade o que restava do prestígio do "Estado judeu", é só o começo do colapso de Israel.
É só uma questão de tempo para o mundo árabe e muçulmano se unir em apoio à causa palestina.
Em outras épocas, Israel segurava a onda por conta do apoio incondicional dos EUA. Mas agora o Tio Sam vive o seu declínio inexorável, e já não consegue mais resolver os conflitos no exterior segundo sua própria vontade.
Os EUA foram expulsos do Afeganistão depois de vinte anos de guerra, fracassaram em impor ao Iraque um governo submisso aos seus interesses, perderam ao intervir na Síria e, na Líbia, a intervenção da Otan só gerou o caos, com milhões de refugiados indo bater nas praias da Europa. E as coisas não vão nada bem para os aliados ucranianos, apesar das dezenas de bilhões de dólares em armas.
Mais cedo ou mais tarde, as potências ascendentes do Sul Global, em especial a China, vão se unir aos árabes para enquadrar Israel e forçar a criação de um Estado Palestino.
Será o colapso do sionismo, pois Israel não está preparada para desistir do seu projeto expansionista, nem para desmontar os assentamentos ilegais na Cisjordânia.
Um acordo imposto de fora levará os israelenses à guerra civil e muitos voltarão para os seus países de origem.