Lula na capa da Time sacode a imprensa nacional e traz uma constatação: um país da dimensão do Brasil precisa de um estadista.
Viramos uma pilha de escombros e, como a crise também é estética (tenho repetido), parte da solução igualmente é.
O que mais chama a atenção na entrevista é o comportamento da repórter, que parece ter a necessidade de dialogar com alguém de personalidade vultosa que fale em nome do Brasil.
Ir ao exterior e conviver com povos mais pobres, mais ricos, mais antigos, enfim, é o que dá a percepção sobre o quanto temos de importância dentro desse geoide habitado por quase oito bilhões de pessoas.
Não é possível que tenhamos aceitado como porta-voz um imbecil que mal consegue formar uma frase nominal de dois termos e que se apresente ao mundo, em nome de uma verdadeira civilização que sempre encheu os olhos de todos, vestido com a cueca pra fora da calça, comendo farofa numa beira de estrada, fazendo troça com tortura, incentivando assassinatos e promovendo curandeirismo contra uma pandemia mortal.
Jair Bolsonaro matou e esquartejou a dignidade, a reputação e a imagem do Brasil diante de outros povos e nações do planeta.
É por isso que um homem que jamais deixou de ser simples, nascido no agreste pernambucano e que foi peão nas fábricas do ABC, mas que se traja, fala e se comporta como um chefe de Estado, reverenciado por todos os seus homólogos do passado e do presente, virou notícia mundo afora ao estampar a capa da publicação semanal mais influente do mundo.
Há algo que grita inconscientemente dentro de centenas de milhões de brasileiros e também nas mentes estrangeiras que clama por NORMALIDADE.
Chega desse circo nojento, com um energúmeno repugnante e sádico, avesso aos mais basilares marcos civilizatórios humanos.
No fundo, mesmo muitos daqueles que não querem Lula por convicções ideológicas, sabem que essa insanidade implantada por um desregulado maltrapilho precisa acabar.
O brasileiro, ou melhor, o ser humano, precisa de NORMALIDADE.
Lula na capa da Time falando ao mundo, de surpresa, foi um déjà vu que confortou muitos corações e almas.
O Brasil precisa voltar ao normal, já.