O principal efeito da saraivada de despautérios despejada cotidianamente por Bolsonaro sobre o País é nos distrair do principal instrumento que temos para sair dessa maré: pensar o futuro.
Não aquele futuro lá no horizonte, que acalentamos e projetamos para os netos. Mas o futuro imediato, que está ao nosso alcance assim que virarmos a esquina desse beco malsinado que é o mandato do atual eleito para governar e não governa.
O sopro que anima a maioria dos brasileiros e brasileiras é saber que falta pouco para nos livrarmos do homem que adora jet-ski, mas não dispõe de ferramentas — nem cognitivas, nem afetivas — para compreender o que significa humanidade.
Neste cipoal de pandemia, rachadinhas, entreguismos, bravatas autoritárias, devastação ambiental, fake news, carestia, desemprego e sucessivos vexames internacionais, o Brasil resiste porque sabe que tem um futuro.
E esse é um futuro que está duplamente ao alcance das nossas mãos. Primeiro, porque ele não demora. Segundo, porque nosso povo diuturnamente esfolado pela maldade do motociateiro já escolheu seu futuro presidente.
É uma escolha sólida. Desde que voltou à condição de elegível — o último processo da farsa chamada Lava Jato foi anulado na última quarta-feira (2) — Lula lidera com folga todas as pesquisas de intenção de votos. Todas.
Também é uma escolha madura. Depois que o aventureirismo cevado pelos antipolítica nos jogou nessa vala chamada Bolsonaro, o povo quer o que já conhece, o que sabe que dá certo, o que é capaz de oferecer as políticas necessárias a uma vida melhor.
Não sou apenas eu, um senador do PT, que digo. São as pessoas nas ruas (e nas pesquisas) e até a imprensa comercial que, vira e mexe, reconhece que com Lula vivemos o melhor período econômico, a mais expressiva queda da desigualdade, a mais respeitada política externa e o início da conquista do pré-sal.
É preciso eleger Lula em 2022 para voltarmos ao patamar de onde milhões de brasileiros puderam alçar seus vôos rumo aos sonhos, prazeres e conquistas — a casa própria, o primeiro carrinho, a vaga na universidade, as viagens de férias, três refeições por dia e o churrasco do fim de semana.
Eleger Lula é retomar o pacto coletivo de convivência e solidariedade que chamamos de civilização. É voltar a construir um País onde cabe a esperança no futuro e um cotidiano mais sorridente.
O povo sabe o que quer. Com coragem e determinação, caminhamos. Falta pouco.
**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.