OPINIÃO

Entrevista – Anita Leocadia Prestes: professora, historiadora, militante 1 – Por Yuri Martins-Fontes

Nascida às vésperas da Segunda Guerra Mundial, em um cárcere feminino da Alemanha nazista, Anita Prestes se radicou no Brasil somente após o fim do Estado Novo, já com nove anos de idade

Anita Leocádia Prestes.Créditos: UFRGS/Reprodução
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A professora, historiadora e militante comunista Anita Leocadia Prestes segue ativa em sua militância, pesquisando, produzindo livros preciosos à historiografia nacional, palestrando a jovens estudantes e militantes sociais, divulgando suas ideias críticas que têm por horizonte o socialismo e emancipação humana – a revolução necessária que, pode tardar, mas chega.

Em meados do ano passado, a professora se engajou em alguns dos projetos de educação socialista do Núcleo Práxis de Pesquisa, Educação Popular e Política da Universidade de São Paulo. Sua participação, rica em conteúdo e postura de vida, suscitaria, mais tarde, no âmbito de uma reunião da coordenação desta entidade político-educacional, a ideia de uma entrevista dialógica*.

O diálogo foi então construído paulatinamente, ao longo dos meses seguintes. Neste processo contei com significativos aportes – revisões e críticas – de camaradas, dentre os quais agradeço especialmente aos professores e também coordenadores do Núcleo Práxis: Paulo Alves Junior (Unilab), Solange Struwka (UNIR) e Pedro Rocha Fleury Curado (UFRJ)**.

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Entre dezembro de 2021 e março passado – mês em que a agremiação política pela qual Anita militou durante grande parte da vida, o Partido Comunista Brasileiro, celebrava um século de existência – mantivemos este denso e prazeroso colóquio, ora por videoconferência, ora por escrito, o qual se apresenta a seguir. Nele, Anita Prestes expõe, com a franqueza que lhe é característica, suas impressões acerca da realidade histórica brasileira e internacional, inclusive comentando o recente capítulo ucraniano da nova Guerra Fria; trata da trajetória do centenário PCB, do comunismo, e das dificuldades da conjuntura política do país e do mundo; conta-nos ainda algo de sua própria história e da de seus pais, e expõe sua visão sobre a importância da educação, engajamento e compreensão do marxismo para a efetividade das lutas sociais.

Nossa última conversa, fechando a entrevista, deu-se no simbólico 8 de março de 2022, Dia Internacional das Mulheres, ocasião em que a professora lembrou que tal comemoração era inicialmente realizada por socialistas, e que somente mais tarde a data passaria a ser adotada também pela burguesia, como forma de tentar esvaziar – como fazem com tantas outras datas e causas – sua face reivindicativa.

Apresentação: Anita Prestes

Nascida às vésperas da Segunda Guerra Mundial, em um cárcere feminino da Alemanha nazista, Anita Prestes se radicou no Brasil somente após o fim do Estado Novo, já com nove anos de idade. Sobreviveu a ditaduras, foi exilada e vivenciou golpes de estado – o último agora em 2016, sobre o qual, observa ela, passamos a viver nova época de “desrespeito aos direitos fundamentais”.

Docente de História do Brasil na Universidade Federal do Rio de Janeiro – desde o início dos anos 1990, hoje aposentada –, e do Programa de Pós-graduação em História Comparada da mesma universidade, Anita se gradua inicialmente em Química Industrial, também pela UFRJ, nos anos 1960; aí mesmo conclui seu mestrado em Química Orgânica – profissão que entretanto não chegou a exercer, dado o pronunciado anticomunismo de então.

Desde os anos 1950, foi militante da União da Juventude Comunista, ala jovem do PCB. Já no começo dos anos 1970, perseguida pela ditadura militar que se instalava, tem de se exilar: segue para a União Soviética, onde em 1975 defende seu doutorado em Economia e Filosofia, pelo Instituto de Ciências Sociais de Moscou (URSS). Regressa ao Brasil em 1979, depois da Lei de Anistia. Em 1989, termina seu segundo doutoramento, agora em História Social, pela Universidade Federal Fluminense, com tese intitulada “A Coluna Prestes”.

É autora de mais de uma dezena de livros, dentre eles algumas obras historiográficas com precioso trabalho documental, publicadas nos últimos anos, em que sua atividade tem sido intensa. É o caso das ricas biografias políticas de seu pai, Luiz Carlos Prestes: patriota, revolucionário, comunista (Expressão Popular, 2006), e Luiz Carlos Prestes: um comunista brasileiro (Boitempo, 2015); da biografia de sua mãe, Olga Benario Prestes: uma comunista nos arquivos da Gestapo (Boitempo, 2017), em que além de apresentar detalhes da intensa vida da militante comunista alemã, traz documentos históricos raros; e mais recentemente, também da obra memorialística Viver é tomar partido: memórias (Boitempo, 2019), em que Anita Prestes narra sua história de vida e expõe seu pensamento e ideais, relacionando também a narrativa a aspectos chave da história mundial.

Assim como seu pai, criador de três escolas e sabedor da importância do ensino como um dos passos para a revolução, a professora Anita é uma firme defensora da educação política popular. No ano passado, em plena crise generalizada – política, sanitária e, vale dizer, para tantos também psicológica –, com ânimo exemplar ela se dispôs a ministrar curso sobre o pensamento de Lênin – “Luta de classes, estado e democracia” –, no âmbito do referido projeto educacional do Núcleo Práxis-USP, uma atividade gratuita periódica voltada para a formação política de estudantes, trabalhadores e militantes de partidos, movimentos sociais e associações comunitárias. Não bastasse sua elogiada contribuição enquanto educadora, que em participação concorrida atraiu mais de uma centena de jovens e militantes sociais (curso disponível na rede), Anita vem colaborando ainda com outro impactante projeto dessa instituição, vinculada ao Laboratório de Economia Política e História Econômica (LEPHE-USP): o “Dicionário Marxismo na América”, enciclopédia histórica do pensamento dialético da práxis de nosso continente, cuja pesquisa e organização começou em 2020, e que está em vias de trazer ao público verbetes com as contribuições ao materialismo histórico de mais de uma centena de marxistas americanos, incluindo análises críticas da militância e obras desses autores que desenvolveram por aqui o pensamento iniciado por Marx e Engels  – para que os novos revolucionários do século XXI possam recordar e fazer reviver essas belas histórias de vida, atuação teórica e política[1].

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Entrevista com Anita Prestes

YMF: Professora Anita, queria agradecer sua disposição para esta conversa, em que se pretende tratar de temas menos abordados em outras de suas entrevistas. Inicialmente, você poderia nos falar um pouco de sua formação educacional e política desde a infância até a juventude? E ainda, você iniciou estudos nas ciências naturais, por vezes chamadas (equivocadamente) “exatas”, e somente depois enveredou pelas ciências humanas; esta passagem pelas ciências naturais, pela cientificidade técnica mais estrita, pragmática ou “objetiva”, aportou-lhe algo de significativo, de duradouro em sua trajetória filosófica rumo ao comunismo marxista?

ALP: Agradeço o interesse pela minha trajetória de vida. Devo lembrar que cresci e fui educada numa família comunista: primeiro minha avó paterna Leocadia Prestes e minha tia Lygia Prestes, depois, a partir dos nove anos, com a vinda para o Brasil, o convívio com meu pai e minhas outras três tias paternas (Clotilde, Eloiza e Lúcia), assim como com numerosos companheiros comunistas. Sou fruto desse ambiente e naturalmente fui aos poucos aderindo às ideias comunistas, que sempre me pareceram as mais justas.

Quando tive que fazer a escolha de uma profissão, optei por Química Industrial, que naquele momento me atraía muito pela perspectiva de poder me dedicar à pesquisa voltada diretamente para uma aplicação industrial e, ao mesmo tempo, a oportunidade de trabalhar numa grande empresa e participar da vida sindical dos seus trabalhadores. Cheguei a fazer estágio na fábrica de borracha da Petrobras, a Fabor, em 1963 e 1964. O término do meu curso na então Escola Nacional de Química da Universidade do Brasil foi em junho de 1964, e eu já tinha assegurada minha contratação nessa unidade da Petrobras. Entretanto, com o golpe de 1o. de abril de 1964, todas as portas se fecharam para mim, tanto na Petrobras quanto em qualquer outra empresa. O anticomunismo era uma realidade e eu, filha de Prestes, um alvo preferencial. Ainda, com a ajuda de um professor, consegui uma bolsa da Capes e pude fazer um mestrado em Química.

Ao mesmo tempo, eu era uma ativa militante do PCB e, para dar continuidade às atividades no partido fui forçada a ingressar na clandestinidade, em que permaneci vários anos até o início de 1973, quando com a ajuda dos companheiros saí do país e me exilei na URSS, pois no Brasil corria o risco de ser presa, torturada e inclusive “desaparecida”, como aconteceu com tantos outros companheiros durante aqueles “anos de chumbo”.

Certamente, todos os conhecimentos que adquirimos durante a vida são úteis; mas não sei precisar em que medida o contato com as ciências naturais contribuiu para minha assimilação da teoria marxista e atuação política no PCB e, posteriormente, fora desse partido, na luta pelos ideais socialistas e comunistas que abracei desde muito jovem.

YMF: Você poderia nos narrar brevemente como se deu seu ingresso e trajetória nas atividades de militância política do PCB, agremiação partidária que é parte contundente da construção histórica do Brasil contemporâneo – e que ora completa um século de existência? Na década de 1950 você já atuava na União da Juventude Comunista, participou de greves secundaristas; como foi este começo? Além de sua própria história de vida e, claro, da influência de seus pais, quais foram as pessoas, companheiros, coletivos, ambientes que atraíram a jovem Anita para o ativismo socialista? Como era o dia a dia de uma estudante e militante em meados do século XX?

ALP: No início do ano de 1950, com 13 anos de idade ingressei na Juventude Comunista aqui no Rio, onde morava com minhas tias, pois meu pai, desde o final de 1947 vivia na clandestinidade, uma vez que fora decretada sua prisão preventiva. Participei de uma greve contra os “tubarões do ensino”, ou seja, contra os donos de escolas particulares que haviam aumentado muito as mensalidades escolares. Eu cursava o segundo ano ginasial numa escola, cujo dono era simpatizante do PCB e, tanto eu quanto outros filhos de comunistas, estudávamos de graça. Era uma escola de composição bastante popular e, portanto, não havia sentido levar à frente uma greve contra seu diretor, que cobrava preços populares dos alunos. Mas, naquela época, eu não tinha maturidade suficiente para entender isso, e me recusar a participar de uma decisão, errônea, naquele caso.

Pouco depois, por decisão da direção do PCB, fui enviada para Moscou acompanhada pela minha tia Lygia, pois no ambiente de “guerra fria” então existente a família recebia muitas ameaças e temia-se a possibilidade de eu vir a ser sequestrada. Nos sete anos que vivi e estudei na URSS, onde fiz todo o curso secundário, solicitei e obtive permissão para ingressar e participar das atividades da Juventude Comunista da União Soviética (o Komsomol), o que certamente contribuiu para minha formação como militante comunista.

Ao regressar ao Brasil, no final de 1957, procurei me reintegrar à realidade brasileira e, a partir, de 1959 passei a atuar numa base estudantil universitária do PCB, no Rio de Janeiro. Ao ingressar na Escola de Química, no início de 1960, dei continuidade à minha atuação no movimento estudantil e fui membro do Comitê Universitário do PCB nesse estado. Com o golpe de 1964, passei a atuar clandestinamente nas atividades do PCB, principalmente no estado de São Paulo.

YMF: Na apresentação desta nossa conversa, mencionava a importância que você, assim como seu pai, dão à educação, sobretudo a educação popular, como fator imprescindível no processo de uma construção revolucionária. Em seu livro “Luiz Carlos Prestes: um comunista brasileiro” (2015), entre outros, em que a professora revela nuances da atuação e pensamento político desse grande líder comunista, consta que ele chegou a criar três escolas, tendo atuado inclusive como professor. Esta valiosa preocupação do então jovem tenente com a educação soa como algo inusitado, pouco comum, ainda mais se olhamos o irracionalismo e antinacionalismo que caracterizam hoje grande parte das forças armadas brasileiras. Para Prestes, que viveu uma outra época da instituição militar, era fundamental educar os jovens para transformá-los em cidadãos conscientes da realidade do país; e de fato seu esforço surtiu efeito. Como relatado em seu artigo “L. C. Prestes: um jovem militar empenhado na educação de seus subordinados”, a experiência pedagógica de seu pai, empreendida na Companhia Ferroviária de Deodoro (RJ), serviu-lhe de modelo para o trabalho educacional que organizaria, quando transferido ao I Batalhão Ferroviário de Santo Ângelo (RS). Através desta “relação pedagógica”, que incentivava a iniciativa dos soldados, sem desprezar a disciplina – e que excluía a violência dos castigos corporais –, ele consegue conquistar “hegemonia” junto a seus subordinados, consolidando mais tarde, a partir desta prática como educador, o grupo que, saído desta unidade militar, viria a se tornar a “espinha dorsal da Coluna Prestes”, após os levantes de 1924. Você poderia comentar este singular episódio da história brasileira?

ALP: Efetivamente, meu pai, Luiz Carlos Prestes, desde muito jovem revelou preocupação com a educação dos seus subordinados não apenas no sentido de elevar seu nível de conhecimentos, de alfabetizá-los, pois eram em sua maioria analfabetos, mas também transformá-los em cidadãos conscientes do seu dever de participar da construção de um futuro de justiça social e democracia para todos os brasileiros. Certamente ele sofreu a influência da mãe que, desde muito jovem, quis ser professora; e que, quando afinal já viúva, livre das restrições familiares, conseguiu trabalhar no magistério da cidade do Rio de Janeiro, passaria a dar aulas nos subúrbios, em escolas noturnas para mulheres das camadas populares, empregadas domésticas, comerciárias, etc.

Durante os anos de atuação no Exército brasileiro, seja no Rio de Janeiro, seja no Rio Grande do Sul, o jovem Prestes, primeiro como tenente e depois como capitão, tratou de criar escolas e educar seus subordinados – no sentido amplo deste termo. Tal comportamento da parte de um oficial do Exército era naquela época totalmente inusitado, pois em geral os subordinados eram maltratados pelos seus superiores, assumindo atitudes elitistas, e com frequência adotando os castigos corporais como maneira de supostamente “educar” os recrutas e soldados. O trabalho pedagógico realizado por Prestes tanto no Rio de Janeiro quanto no Rio Grande do Sul deu-lhe enorme prestígio junto aos seus subordinados, o que contribuiu decisivamente para que estes o acompanhassem com entusiasmo e dedicação durante toda a epopeia da Coluna Prestes.

YMF: Qual é, na sua opinião, a importância da educação, da educação popular, no caminho de construção do que Gramsci chama de “hegemonia”, e que tem como base algumas premissas culturais, ou seja, intensos e continuados trabalhos de crítica que precedem, diz o marxista italiano, “toda revolução”? A educação, embora sujeitada e limitada pelas classes dominantes, sempre pode ter um teor emancipatório, subversivo – como bem observa Paulo Freire[2]. Em que circunstâncias e até que ponto a educação é revolucionária?

ALP: No que me diz respeito, da mesma maneira que meu pai, considero que o trabalho pedagógico junto aos setores populares não deve estar desligado da atividade prática de participação na luta pelas causas justas, que podem mobilizar em diferentes momentos os diversos setores da população. Os escritos de Antonio Gramsci referentes à atividade pedagógica dos comunistas também têm esse sentido. Aliás, V. I. Lênin, o principal artífice da Revolução Russa de 1917, escreveu muitas vezes a respeito da importância da articulação do conhecimento teórico do marxismo com a atividade revolucionária transformadora da sociedade. O conhecimento teórico desligado da prática revolucionária é totalmente ineficaz, estéril.

A educação é muito importante no processo de emancipação de um povo, mas não pode ser reduzida apenas à transmissão de conteúdo: o conhecimento livresco não é suficiente. Para além dele, é fundamental estar engajado nas lutas sociais que acontecem nos locais de trabalho, de estudo; todos os setores têm suas reivindicações, é preciso participar destes movimentos. Reivindicações não faltam: saúde, moradia, o próprio ensino. Não se trata de esperarmos um suposto “grande dia da revolução”; temos de construí-lo. Uma comunidade popular não se mobiliza de uma hora para outra: é no processo de se unir e lutar por pautas específicas, que começa o aprendizado da organização popular. Antes de se transmitir a teoria marxista a uma comunidade, antes de se tentar promover o envolvimento popular em lutas mais gerais, é preciso aproximar-se das pessoas e de suas realidades, somar forças – o que se dá através das lutas específicas. Depois, deve-se ir mais adiante: mostrar que a teoria é necessária. O ensino não deve ser só teórico. Isto cria no máximo “marxólogos”, mas não “marxistas”.

No PCB, durante os anos da legalidade (1945-1947), houve um interessante trabalho de base – os Comitês Democráticos Populares –, que buscavam atuar em torno das reivindicações dos trabalhadores; uma de suas principais demandas era a alfabetização – o que tinha uma motivação diretamente política, já que nessa época era proibido o voto dos analfabetos. Outra medida então adotada pelo PCB foi a criação de organizações partidárias de base femininas, importantes no combate ao machismo – muito presente mesmo entre os membros do partido; tentava-se contribuir para que os militantes percebessem que a luta pela emancipação da mulher não pode estar desligada da luta de classes. Mas logo depois veio a repressão e essa importante experiência foi destruída.

Querer organizar um grupo popular com a proposta de discutir diretamente o socialismo não funciona, pois isso não faz parte da realidade do povo. As pessoas se organizam em torno daquilo que elas estão sentindo. Vivemos uma época em que as massas estão muito despolitizadas. Para formar o “bloco histórico” de que falava Gramsci exige-se tempo e trabalho paciente de organização. Não se deve esperar resultados rápidos; ou levantar palavras-de-ordem abstratas, avançadas, mas que não fazem sentido à grande maioria. Tem-se usado bastante uma consigna que a meu ver é falsa: “o povo deve ir para a rua”. É falsa, pois as pessoas vão para as ruas desorganizadas e voltam para casa desorganizadas. Falta um trabalho prévio de organização popular nos locais de trabalho e de convivência, trabalho necessário para que os setores populares tenham condições de influir na vida nacional e chegar a mudar seu rumo.

[Continua...]

Notas

*Entrevista publicada originalmente na Revista Expedições: Teoria da História e Historiografia, da UEG, no primeiro semestre de 2022, como parte do dossiê temático “100 anos do Partido Comunista Brasileiro (PCB)”. Disponível em: https://www.revista.ueg.br/index.php/revista_geth/article/view/13222.

**Agradeço a todos os camaradas e membros do Núcleo Práxis da USP que em tantas conversas e reuniões apoiaram a elaboração desta entrevista.

[1]     O vídeo do curso com a participação da professora Anita está publicado no portal oficial do Núcleo Práxis-USP, disponível em: nucleopraxisusp.org. Mais informações sobre o “Dicionário Marxismo na América”, projeto editorial de difusão do pensamento socialista (no prelo), são encontradas no mesmo endereço.

[2]     Vide, dentre outras obras: FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1997.