O Brasil amanheceu tenso, perplexo e sem saber direito se está diante de um ensaio de golpe ou um simples blefe de intimidação do Congresso. Bolsonaro botou tanques na rua, defronte do Congresso.
Seja o que for, é um dia triste e melancólico para a democracia brasileira.
Hoje, ele vai ser derrotado em uma votação na Câmara de Deputados e quer intimidar os parlamentares. A questão que será votada é uma tentativa palaciana de legalizar a fraude eleitoral. Passar o poder de decisão das futuras eleições para as milícias.
Quer que as urnas eletrônicas emitam um boleto impresso. Seria uma maneira das milícias controlarem o voto dos que moram nas áreas em que mandam e, com isso, poderem intimidar os eleitores e vencerem qualquer eleição.
Típico golpe de esperteza de malandro pé de chinelo.
Alguns afirmam que é o início do seu fim, uma última cartada.
Estamos dependendo das Forças Armadas. Se vão continuar se deixando usar e embarcar em mais uma aventura golpista, ou vão ficar no blefe, na intimidação, o que, por si, já está sendo péssimo para o país. Essa promiscuidade entre as FFAA e milicianos, bolsonaristas golpistas e essa escória que foi surpreendia fazendo negociatas com as vacinas. Como podem embarcar nesta canoa furada do bolsonarismo?
Bolsonaro está politicamente fraco e muito exposto. Corrupção, desastre econômico, social, pandemia fora de controle, fome voltando para o território brasileiro, tudo de ruim. O pior presidente da história não conseguiu dizer para o povo brasileiro para que veio.
Pode ser de fato o início do fim. É um bom momento para os setores das classes dominantes que o apoiam se livrar dele.
E, como se manter depois dessa afronta à democracia?
O certo é que o melhor cenário para ele é continuar descendo a ladeira.
E, para o Brasil, o melhor é que estejam certos os que dizem que é o início do fim.