Não dá mais pra “pegar leve”. Passar pano, nem pensar! É preciso apontar o dedo e dizer: pastores que insistem em manter suas igrejas abertas no pior momento dessa tragédia que é a Covid-19 no Brasil (no mundo já é horrível, aqui consegue ser piorada pelo genocida-mor) estão interessados apenas em poder, controle e DINHEIRO. Não há outro motivo.
Acabaram-se as desculpas. Na verdade, nunca houve desculpa. Só quem não entende nada do Evangelho é capaz de dizer que ir ao templo é fundamental para a fé. É importante, é bom, é agradável... Mas nunca foi fundamental. Mais estranho que é o mesmo povo que solta a voz em cânticos como “Tu não habitas em tendas, nem em templos feitos por mãos”. Pois é, nunca foi fundamental o templo. Nunca foi. Vou repetir. NUNCA! Mas, da noite para o dia, parece que inventaram um novo Evangelho...
Outra coisa: parem de dizer que “os evangélicos estão sendo perseguidos”. Não! Não estão! Há décadas os evangélicos não são perseguidos por essas terras (um dia foram, acreditem, exatamente quando o país tinha religião oficial e não havia Estado laico). Aliás, para sermos verdadeiros, a maioria dos evangélicos brasileiros hoje são, sim, perseguidores e algozes. Da fé alheia, da sexualidade alheia, da vontade alheia, da vida alheia em geral. Quem tenta vender essa ideia de perseguição é quem lucra com ela: bandidos como Malafaia, Macedo, Valdomiro e outros. Inclusive batistas e presbiterianos, totalmente vendidos em suas cúpulas ao desgoverno Bolsonaro.
Portanto, parem com esse mimimi (aqui sim a expressão é válida) de perseguição ao Evangelho ou coisa assim. Até porque o Evangelho defende a vida. Estivesse entre nós, não tenho a menor dúvida que Jesus defenderia o SUS, defenderia renda digna para todos e auxílio emergencial de verdade para quem precisa. Jesus estaria pedindo para ficarem em casa e cuidarem dos seus, pois nisso se resume a lei: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”.
Não tenha dúvida: pastores e padres que defendem abertura de templos agora não são discípulos de Cristo. São servos do dinheiro, filhos de Mamom, a quem Jesus coloca como um dos seus principais opositores. São sanguessugas espirituais e financeiras. Estão de olho no poder e nos poderes, na grana e no controle de mentes e corpos, o que gera mais grana e mais poder numa roda-da-morte sem fim.
Não há para onde fugir. Se você conhece algum líder religioso que defenda a realização de cultos e missas presenciais neste momento, pode ter certeza: neles não há nenhum amor a Cristo, para esses, TEMPLO É DINHEIRO!
**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.