Empreender na pandemia não foi tarefa fácil. Na verdade, aqui no Brasil, os empreendedores sempre tiveram que lutar contra um sistema que não os apoia ou os incentiva a continuar contribuindo de maneira positiva para o desenvolvimento da economia. Mesmo assim, na pandemia essa tarefa se tornou ainda mais árdua, resultando no fechamento de vários empreendimentos, sendo que os que conseguiram sobreviver a esse processo podem ser chamados de heróis.
Considerando esse contexto, a palavra de ordem para o Brasil nesta retomada pós-pandemia é a reinvenção: é preciso que os empreendedores estejam preparados para encontrar novos caminhos e estarem abertos a novos modelos de negócio.
Principalmente quando falamos do contexto das mulheres empresárias, que já têm uma vulnerabilidade social maior que a do homem por possuir uma dupla jornada de trabalho e ganhar até 22% a menos que a média masculina, a pandemia foi devastadora. Aproximadamente 52% dos negócios chefiados por mulheres foram afetados pela crise que vivenciamos nos últimos anos.
Levando em consideração todos esses fatores e desafios, é importante reiterar que é impossível entender como o futuro será - principalmente porque estamos vivendo um momento inédito na história da humanidade. Entretanto, da mesma maneira que o futuro é incerto, ele é cheio de possibilidades. A pandemia trouxe uma nova maneira de enxergar o mundo, a vida e a sociedade e, exatamente por conta da alta capacidade inovativa e adaptabilidade dos seres humanos, podemos ter a certeza de que novas ideias, modelos e propostas surgirão para se encaixarem no nosso "novo normal".
Essas possibilidades de inovação são, ou pelo menos deveriam ser, a prioridade de qualquer empreendedor, já que uma nova maneira de enxergar uma situação pode valer uma ideia de negócio.
O olhar empreendedor é, sem dúvidas, um olhar importante para a sociedade. Principalmente porque, sob todos os aspectos, os empreendimentos são máquinas de inovação. Por isso é importante perceber que, em um mundo cheio de novos desafios deixados pela pandemia, existe também um mundo de possibilidades de fazer tudo de um jeito novo – de se reinventar e reinventar consigo a sociedade. O que é, diga-se de passagem, um prato cheio para quem é empreendedor.
Entendendo a inovação como uma característica inerente e necessária para que o empreendedorismo aconteça, podemos inferir que também existe a necessidade de investir constantemente para ampliar, melhorar e expandir o seu negócio. Este investimento contínuo demanda muito controle financeiro e uma boa reserva para que as contas não saiam do controle.
Um dos fatores que o empreendedor deve ficar sempre atento é à inflação na hora de comprar equipamentos para investir no seu negócio, porque ela faz o valor das coisas aumentarem ao longo do tempo. Mas existe uma ferramenta que, sabendo usar com inteligência e planejamento, é ótima para a compra de equipamentos: o cartão de crédito.
Só paga juros no cartão quem atrasa pagamento de fatura e entra no rotativo, então o segredo é ter um valor de fatura que cabe no seu orçamento mensal. O cartão de crédito é um aliado do empreendedor, pois financia sem juros e não tem o impacto da inflação no valor do produto pago. No fim, você compra em 12 vezes sem juros aquela máquina que precisa para sua fábrica e quando termina de pagar, quitou um valor menor em relação a uma compra à vista nesse mesmo período que tem a incidência da inflação.
Além disso, outra vantagem de usar o cartão de crédito é que alguns possuem sistemas de pontos ou até mesmo cashback (receber uma porcentagem do valor da sua compra de volta em dinheiro), fazendo com que a sua utilização traga benefícios.
Em um ambiente altamente inovativo e com mudanças tecnológicas constantes trazidas e causadas pela pandemia, é importante que os empreendedores entendam quais as ferramentas que estão disponíveis para continuarem na sua missão de ajudar e integrar a economia de maneira positiva, ao mesmo tempo que consigam transpassar todos os desafios que são propostos para seu negócio.
Sustentabilidade: uma importante aliada dos empreendimentos
Mesmo com todo o contexto pandêmico que estamos vivendo, algumas coisas não mudaram: as empresas ainda são responsáveis por grandes impactos ao meio ambiente, devido ao gasto de energia, água e recursos naturais, além do incentivo do consumo através de obsolescência programada e perceptiva. Mas pode-se aproveitar esse momento onde novos modelos de negócio estão surgindo a todo momento para fugir dessa maneira de empreender e apostar em objetivos mais alinhados à sustentabilidade.
E o que não falta é apoio para que o consumidor tenha a percepção do valor das ações sustentáveis adotadas dentro da sua empresa. Com empenho, você consegue se desvencilhar da maneira tradicional de fazer negócio e ser habilitado em determinadas certificações ambientais que, ao mesmo tempo que te certificam como uma empresa verde, te ajudam a empregar mais eficientemente seus recursos naturais, gerando menos gastos.
Fora isso, ao virar referência de sustentabilidade por meio dessas certificações, consumidores (pessoas, fornecedores, atacadistas, etc.) conscientes dos seus papéis individuais, irão procurar comprar de empresas como a sua.
Sustentabilidade não é uma aposta – no nosso contexto de urgência, ela é a dona do jogo.
**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.