Não consegui dormir à noite, lendo tudo que via nas redes e nas mídias impressas, virtuais sobre pacientes graves de covid-19, morrendo asfixiados devido à falta de oxigênio nos hospitais.
Hoje pela manhã, descrevi no twitter a sensação de querer respirar e não conseguir. Vivi esse horror num acidente anestésico. É morrer se afogando no seco:
No mesmo fio, responsabilizo nominalmente o presidente da Câmara por sentar-se sobre 50 pedidos de impeachment de Bolsonaro e permitir que mais de 200 mil brasileiros já tenham morrido de covid-19 e, agora, não apenas continuam morrendo, mas estão sendo torturados, asfixiados, por falta de oxigênio nos hospitais.
Faz um ano que o planeta está sob ameaça da Covid-19, mas no mundo todo, mesmo o governante mais inepto, mais irresponsável, mais canalha não age como o genocida que nos desgoverna.
Não é possível que vendo o horror que ocorre em Manaus e que se espalha pelo país, os desgovernantes, apoiadores da necropolítica genocida de Bolsonaro, não tenham providenciado oxigênio nos hospitais! Que os hospitais de campanha não estejam instalados nas periferias, que se cogite ainda manter calendário para o retorno às aulas e para a execução do ENEM.
Não é possível que o Congresso Nacional não tenha votado a continuidade do auxílio emergencial para 2021, 35 bilhões para o SUS e que ainda não tenhamos sequer um calendário de vacinação, enquanto o resto do mundo está sendo imunizado.
O Brasil é um imenso país continental, somos a 6a população do globo e já fomos a 6a economia do mundo. Temos cientistas, temos pesquisadores. É inadmissível que continuemos a manter no governo um ser desqualificado, criminoso, destruidor do presente e do futuro.
Precisamos reagir. Impeachment de Bolsonaro e julgamento de todos os seus crimes em tribunal internacional.
Se não lutarmos para tirar este ser ignóbil, que desonra todos os dias a cadeira da presidência do país, seremos igualmente cúmplices do genocídio do povo brasileiro.