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Cleber Lourenço: "Há um conjunto de coincidências surpreendentes que cercam a família Bolsonaro"

Foto: Reprodução/InstagramCréditos: Arquivo pessoas/Flickr
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Quando Jorge Picciani foi preso na operação Cadeia Velha, em 14 de novembro de 2017, Jair Bolsonaro já estava esperando para recepciona-lo, chegou até mesmo a gravar a chegada de Jorge no aeroporto Santos Dumont.

Quem comandava a operação Cadeia Velha, a precursora da operação Furna da Onça? Isso mesmo, Alexandre Ramagem.

Já no dia 3 de março de 2016, Bolsonaro foi recebido com entusiasmo pelo lutador de MMA Wanderlei Silva no aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais no Paraná.

Um dia antes da condução coercitivas do ex-presidente Lula, o destino da condução? Sim, seria aeroporto Afonso Pena.

Por algum motivo, até hoje desconhecido, a condução coercitiva de Lula até a superintendência da PF em Curitiba não foi adiante.

Em março de 2017 a auditora da Receita Federal, Rosicler Veigel levou para casa cópias das decisões judiciais que envolviam Lula e, segundo ela, teriam sido roubadas pelo então namorado, o jornalista Francisco Duarte.

Francisco afirmou na ocasião que teria enviado as informações apenas para o blogueiro petista Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania.

E agora descobrimos que Flávio Bolsonaro em um “golpe de sorte” foi avisado por um delegado federal de que a operação Furna Da Onça seria deflagrada após as eleições e que atingiria em cheio o núcleo do seu gabinete no Rio de quando era deputado estadual.

Certamente, há um conjunto de coincidências surpreendentes que cercam a família presidencial.

Talvez isso explique melhor o motivo do presidente ter tanto desejo por “informação” na superintendência da PF no Rio.  Afinal de contas, sempre foi informado com antecedência sobre assuntos que não são do seu interesse.