O presidente mais uma vez mostrou que não tem vergonha na cara. Decidiu apelar para desviar a atenção de seu governo medíocre para um conto de fadas.
Melhor seria se alguém tivesse roubado as eleições e Bolsonaro não tivesse sido eleito. Agora precisamos atirar essa tranqueira aí.
Eis o saldo das eleições com as suposta urnas adulteradas pelo Partido dos Trabalhadores:
- Bolsonarismo com a segunda maior bancada
- Dilma perdendo eleição para senadora
- Bolsonaro ganhando o segundo turno
- Zema e Witzel ganhando pra governadores
- Bolsonaro com maioria dos votos no primeiro e no segundo turno
É uma palhaçada sem paralelos na história do país, um acinte com a república proveniente de um presidente que não trabalha e joga a culpa de suas incompetências no Congresso Nacional.
Ainda falei ontem no meu podcast, pelo visto Paulo Guedes aderiu da mesma tática canalha para esconder suas incompetências também. Disse que a saída para a crise é a aprovação das famigeradas reformas!
Que reformas? O governo sequer levou o texto para os deputados e senadores, sequer conversou com a sua bancada para fechar questões e tampouco abriu diálogo com os presidentes da Câmara e do Senado.
Pelo contrário, decidiu fazer ameaça com a história do orçamento impositivo novamente.
Vejam só, eu também sou contra o orçamento impositivo. O que hoje prejudica o Bolsonaro, amanhã prejudicará outros presidentes que de fato trabalhem e atuem em prol do país. Reconheço, não é algo positivo.
Bolsonaro, o aspirante a Jânio Quadros deste século pede golpe mas vai acabar recebendo um impeachment bem dado.
É falacioso e alarmista quem afirma que a cúpula militar está com Bolsonaro, a cúpula sentiu o reboliço no Planalto, através dos generais Mourão e Santos Cruz eles deram o recado:
A cúpula não embarcará em uma intentona, há alguns vislumbrados na caserna? Claro que há! Mas não são decisivos, geralmente são celerados do covil de extremistas conhecido como Clube Militar.
O grande capital também está se cansando das delinquência dos destrambelhados no Palácio do Planalto, em novembro já tinham dado um tiro de aviso através de uma ONG ambiental
Neste exato momento, três pedidos de impeachment bem fundamentados são redigidos, um deles por por Alexandre Frota, pedido que acredito ser redigido sob a batuta de Rodrigo Maia de quem Frota é bem próximo.
A tarefa não é nem um pouco difícil já que Bolsonaro já cometeu mais de 10 crimes de responsabilidade.
Nas redes também o resultado é fraco, muita agitação e alvoroço para pouca entrega, na verdade a força dos bolsonarista fica contida apenas dentro do seu próprio campo.
Uma análise da empresa Arquimedes, especialista em monitoramento de redes, aponta que, do dia 2 a 6 de março, Bolsonaro acumulou 81,16% comentários desfavoráveis sobre o resultado do PIB sob seu governo.
Outro estudo, desta vez da AP Exata, diz que “o governo vem perdendo a guerra da dominância narrativa nas redes. Seus apoiadores fazem muito barulho, mas só têm influenciado uma bolha cada vez mais radicalizada”.
Falei também em meu podcast, a reação do governo é esperada. Já tiveram esse mesmo tipo de postura em outros momentos ano passado, mostra que o governo está fraco e combalido e quanto mais fraco ele estiver, mais agressivo vai se mostrar.
É o receituário Jânio Quadros, um governo pífio desesperado recorrendo a delírios messiânicos para se salvar.
A história já mostrou que não dá certo, Jânio saiu e não voltou, Bolsonaro tentará tomar e será removido.
Isso não quer dizer que a sociedade deva apenas sentar e aguardar, não, ela deve cobrar, exigir posicionamentos e compromisso das instituições com a democracia.
Já temos um Supremo Tribunal Federal acovardado, não precisou de um soldado e um cabo. Bastou um Toffoli.
Não podemos ter uma sociedade acovardada. Aos preocupados eu afirmo o que já falei na semana passada: Bolsonaro é um bravateiro, dificilmente irá adiante com qualquer loucura ou aventura e se tentar algo, não terá êxito.
O problema é que a simples tentativa, mesmo derrotada, já causará danos para a república. Entre eles, a tolerância das instituições com o flerte autoritário e o alargamento do alambrado democrático.
Jânio Bolsonaro não vai vencer.