O setor financeiro, sem produzir um único grão de arroz, é o que mais lucra no país e mesmo assim, durante a pandemia e ferindo cláusula de acordo coletivo, suas instituições demitiram mais de 12 mil pessoas em 2020.
Para denunciar isso, os trabalhadores do ramo financeiro, organizados na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), estão promovendo uma série de ações: mobilizações nas redes sociais, intervenções urbanas em prédios e locais públicos, atos e paralisações nas agências e diálogo junto aos clientes com orientações contra as vendas casadas de produtos e direitos de melhor atendimento bancário.
Os sindicatos, pautados pelo acordo coletivo firmado em março deste ano, vêm reagindo contra as demissões, movendo ações na Justiça para exigir reintegração dos demitidos aos postos de trabalho. A Justiça do Trabalho vem dando ganho de causa aos trabalhadores, determinando a reintegração dos bancários demitidos. De acordo com o Valor Econômico, neste ano foram distribuídos 11.087 processos trabalhistas contendo os termos pandemia e reintegração. Deste total, 417 foram contra o Santander, 283 contra o Bradesco e outras 177 contra o Itaú Unibanco.
Twitaço denuncia as demissões
Hoje (23/10), a partir das 11H, bancários fazem um tuitaço com a hashtag #QuemLucraNãoDemite.
Colabore com as ações dos trabalhadores do ramo financeiro, participe do twitaço, estimule amigos e familiares, explique a eles que bancos lucram com suor do trabalho de todo e toda brasileira. São os bancos que acumulam 45% de tudo que pagamos de impostos, pois o governo transfere aos bancos essa arrecadação (em forma de pagamentos de juros da dívida pública). Os bancos lucram com empresas produtivas e com pessoa física por meio de juros cobrados nos empréstimos, juros para o financiamento de nossa casa ou carro, com o pagamento de um simples boleto. Mesmo assim, os bancos demitem milhares de trabalhadores durante a pandemia, ferindo acordo estabelecido com os bancários. A sociedade brasileira precisa conhecer a realidade dos mais de 12 mil de bancários que perderam seus empregos este ano.
De acordo com a CONTRAF-CUT, a campanha é uma forma de se contrapor aos bilhões que estão sendo gastos pelos bancos em publicidade visando criar uma imagem humanizada dessas instituições, que de humanismo não tem nada, já que demitiram mais de 12 mil trabalhadores durante a pandemia. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados- CAGED, apenas em junho ocorreram 1.363 demissões, em julho 1.634 e em agosto 1.841.
Divulgue a hashtag #QuemLucranãoDemite
Participe do tuitaço e acompanhe a campanha pelas redes sociais da Contraf-CUT.
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