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OPINIÃO
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ADMORADOR = Substantivo simples masculino singular.
Formado pela aglutinação de duas palavras, designa aquele raro espécime que “admira Sérgio Moro”.
Após um surto epidêmico desta grave patologia psíquica, fruto da falta de leitura aliada à idiotice congênita, é certo que se está chegando em níveis sanitários controláveis, com esperança concreta de se erradicar tão grave doença em breve. Todavia, ainda remanescem na sociedade focos isolados de admoradores radicais, impondo-se isolá-los, a bem da preservação da espécie apartá-los do convívio social. O mais grave sintoma é o indivíduo contaminado passar a admirar Sérgio Moro e toda a caterva de pseudojuristas egoicos da Lava Jato, e julgar natural elegê-los à categoria de justiceiros ou de heróis.
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Os filólogos dividem- se em duas correntes sobre a origem do termo, ambas convergentes na premissa de que é formado pelo prefixo “ad” (à margem, ao lado) somado ao substantivo simples “morador”. Assim, a primeira corrente diz que o admorador é aquele que vive à margem, alijado do pensamento e da civilização, o indigente mental por excelência. Acho discriminação. O Brasil, sob esse governo insano, que admorando levou Moro ao ministério mais improvável, o da Justiça, assiste a um aumento avassalador da pobreza, com número recorde de gente relegada à indigência, vivendo nas ruas. Precarizar tal situação, aumentar a pecha que cai sobre os moradores de rua, comparando-os a admoradores, chega às raias da crueldade. Filio-me à segunda corrente, que sustenta que o ad-morador é, nome autoexplicativo, o que “mora ao lado”. Acho que é por aí. A patologia que corrói a Nação está nessa predisposição ao flagelo, no gosto pelo excremento, no masoquismo retardado, na pulsão de morte reflexa que atinge grande parte dos brasileiros e irradia pra parte sadia que abominava tal estado de coisas. O bolsominion, o desgraçado, o preconceituoso, o machista, o violento, o corrupto, o cruel, o que se ufana da própria ignorância, o ad-morador, enfim, é aquele que mora ao lado. Se for olhar bem, está cheio destes com o vírus incubado, quietinhos, até indignados, sem manifestação da doença, em estado de latência. Protejamo-nos deles. Isolamento é a regra.