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OPINIÃO
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Rio de Janeiro, 03 de julho de 2019.
Pai.
O governo brasileiro aceitou um acordo comercial com a União Europeia.
Depois de 20 anos, de repente, um acordo que foi considerado ruim por vários governos, (do FHC, do Lula e da Dilma) agora foi aceito. Por que uma coisa que era ruim pra esses outros governos, foi considerada boa por este?
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Essa é uma daquelas histórias que a gente só entende quando voltamos um pouquinho no tempo.
O acordo foi aceito depois da reunião do G20, e o que aconteceu lá mostra quem ganha com este acordo, mas mostra também pra onde o Brasil está indo.
Em uma reunião envolvendo as maiores economias do planeta, o presidente, mais uma vez, deslocado. Em vez de conversar com os maiores líderes mundiais, com possibilidades bilionárias de negócios, resolveu fazer propaganda de bijuterias de nióbio. Tentando vender colares e sei mais lá o quê, como se fosse um camelô.
Lembrei da época do descobrimento, enquanto os brasileiros admiravam colares e espelhos, levavam embora nossas riquezas: ouro, Pau-Brasil, depois o café etc. Passamos a vender a matéria-prima e comprar os produtos industrializados.
O acordo que o camelô fechou facilita a exportação de matérias-primas brasileiras e diminui os impostos dos produtos industrializados europeus.
Vamos voltar a ser um país agrícola, enquanto as indústrias, o desenvolvimento e os empregos ficam na Europa. E o pior de tudo é ver gente comemorando, assim como os índios, em 1500.
Vamos comer carne importada, de bois brasileiros. Comprar gasolina feita com petróleo brasileiro e carros europeus feitos com aço do Brasil.
Bora voltar pra roça, pai!
Um beijo do seu filho,
Ivan