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OPINIÃO
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O voto da deputada Federal Tabata Amaral (PDT-SP) não gerou crise apenas no partido em que ela foi eleita ou repercussão negativa entre militantes do campo progressista que tinham expectativa com o seu mandato.
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O voto de Tabata e de Felipe Rigoni (PDT-ES) abriu um intenso debate no Movimento Acredito, apoiado por grandes empresários e que lançou 28 candidatos em 13 estados brasileiros na eleição de 2018.
Desses 28 candidatos, três foram eleitos. Alessandro Vieira (Rede) foi o mais votado para o Senado por Sergipe. Felipe Rigoni (PSB-ES) elegeu-se deputado federal com 84 mil votos, sendo o segundo deputado mais votado no seu estado. Mas a estrela do movimento é Tabata Amaral (PDT), eleita com apenas 24 anos e 264 mil votos para deputada federal por São Paulo.
Foi o voto de Tabata Amaral e a forma como ela se explicou para tomar sua decisão que gerou crise no Acredito.
Uma fonte que participa do movimento em Minas Gerais explicou ao blog que muita gente tem enviado mensagens reclamando do voto de Tábata, expressando frustração pela forma como ela votou e cogitando sair do Acredito. Seriam centenas de mensagens neste sentido nos últimos dias.
Num dos grupos de WhatsAPP do movimento em Belo Horizonte, por exemplo, foi feita uma enquete sobre o voto a favor ou contra a reforma da Previdência aprovada por Tabata Amaral. Dos que votaram, 25 foram contra o voto dela, 2 a favor e 14 se abstiveram.
A fonte que passou essas informações ao blog prefere não se identificar porque ainda pretende continuar no movimento, apesar das críticas e de considerar que as pessoas que financiam o Acredito, que estão principalmente em São Paulo, não têm ouvido a base de militantes do grupo.
Em seu site, o Acredito afirma que pretende “uma renovação de princípios, práticas e pessoas na nossa política. Renovação com uma prioridade: superar nossas profundas desigualdades, barreiras a um projeto de país mais estável, justo e desenvolvido”.
Estes valores não teriam sido respeitados na opinião de muitos membros do Acredito.
A fonte que passou essas informações ao blog registrou que “é importante ressaltar que há um vácuo entre os membros e a Tabata. Eu, por exemplo, nunca consegui falar com ela. Exatamente, por isso, não aprovo a justificativa dela se basear no Movimento com a finalidade de respaldar o ato cometido”.
E acrescentou: “Infelizmente, acredito que há certa instrumentalização do Movimento para finalidades pessoais”.