- Repercutiu internacionalmente no final de semana a entrevista dada pelo presidente Lula ao jornalista Kennedy Alencar e veiculada pela BBC de Londres. Entre outras coisas, o presidente diz que ainda não “avaliamos corretamente o que aconteceu em 2013”. Segundo ele, ninguém o convence de que as jornadas de junho de 2013 ocorreram “porque a polícia de São Paulo bateu numa manifestação de 3 mil pessoas”. Aquilo, para Lula, “já fazia parte da arquitetura política de derrubar o governo, derrubar o PT”.
- Bolsonaro deve ir aos EUA novamente esta semana. Chegará quarta-feira em Dallas, capital texana. Ainda não está clara qual será sua agenda por lá. Uma coisa é certa, se encontrará com George W. Bush que é nativo do Texas. Bush é tido como uma das vozes opositoras a Trump nos EUA. Para o professor Guilherme Casarões, da FGV, citado em matéria de O Globo, o contato com os Bush não será útil para Bolsonaro, se sua intenção é fortalecer laços com Trump. Dada a irrelevância política e econômica da viagem de Bolsonaro aos EUA, Casarões argumenta que “esta viagem tem um forte conteúdo simbólico, voltado mais para a base do eleitorado de Bolsonaro, que tem um certo fascínio pelos Estados Unidos, que representam parte da idealização deste grupo”. Casarões também destaca que é significativo que Bolsonaro esteja fazendo sua segunda viagem aos EUA sem sequer ter pisado no Nordeste brasileiro desde janeiro.
- O chanceler brasileiro Ernesto Araújo passou boa parte da última semana na Europa visitando seus congêneres na Itália, Polônia e Hungria. Países dirigidos por partidos de extrema direita. Neste domingo (12), Araújo postou uma foto no Twitter ao lado de Matteo Salvine, vice-primeiro-ministro italiano, a quem chamou de “grande líder da regeneração europeia”.
- Trump voltou a atacar a China. Em um de seus últimos tuítes diz: “Eu digo abertamente ao presidente Xi e a todos os meus muitos amigos na China que ela será grandemente prejudicada se não fizer um acordo porque as empresas serão forçadas a deixá-la por outros países”. Ele reclama de um recuo da China no fechamento de um acordo para acabar com a guerra comercial que dura meses. Enquanto isso, os EUA elevaram de 10% para 25% as tarifas sobre 200 bilhões em produtos importados da China e já começaram um processo para nova taxação de 25% sobre 325 bilhões em outros produtos.
- Houve uma coordenação nos últimos dias entre o governo colombiano e a oposição venezuelana para organizar “buscas” a membros do Exército de Libertação Nacional (ELN) na Venezuela. O oposicionista Carlos Vecchio, que atua como o embaixador de Guaidó nos EUA, deve se reunir com o general americano Craig Faller, que lidera o Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, com a finalidade de “estabelecer relações de cooperação”. Enquanto isso, um general da Força Aérea venezuelana publicou vídeo no domingo (12) conclamando a população e as Forças Armadas à rebelião. Ele foi chamado de traidor, também no Twitter, pelo comandante da Força Aérea, Pedro Juiliac. No vídeo, o general insubordinado não fala em Juan Guaidó.
- Representantes de cerca de 70 países, reunidos na última sexta (10) na ONU, incluindo EUA e Coreia do Sul, apoiaram uma declaração que pede à Coreia do Norte para acabar com suas armas nucleares e mísseis balísticos. A declaração vem poucos dias após o governo da Coreia do Norte ter feito exercícios com mísseis de curto alcance. No sábado (11), o governo da Coreia do Sul reclamou de novos exercícios, desta feita com mísseis de “longo alcance”.
- Um dado econômico chamou atenção neste início de 2019. O primeiro bimestre de 2019 registrou o maior volume de aquisição de ouro por governos desde o mesmo período de 2008, quando países começaram a se proteger contra a maior crise econômica do século 21 até agora, aponta um artigo na FSP. Os dados coletados são do “Word Gold Council” e apontam que a Rússia fez em 2018 a maior compra de ouro de sua história, adquirindo 42% de todo o metal vendido a bancos centrais do mundo. A China também retomou suas compras de ouro.
- Teve início no sábado (11) a retirada dos rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, no Iêmen em três portos no país. Segundos seus líderes, a saída é unilateral e demonstra que Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Reino Unido não estão se movendo para cumprir os acordos mediados pela ONU para dar fim à guerra do Iêmen, que já dura mais de quatro anos e causou a maior crise humanitária mundial do último período, comparando-se apenas à Síria.
- Uma reportagem do El País informa que a cada dia há 365 portugueses a menos e que a população de Portugal pode se extinguir no futuro se não forem tomadas medidas de recomposição do equilíbrio entre as taxas de natalidade e mortalidade, além de estímulos à imigração. Outra preocupação é a previdência que em 2027 entrará em déficit crônico. Segundo Ana Fernandes, presidente da Associação Portuguesa de Demografia, “numa situação limite, não havendo substituição de gerações, uma população tende a se extinguir e é isso que está acontecendo em Portugal, que está muito envelhecido, razão pela qual haverá taxas de mortalidade cada vez maiores e que não serão compensadas pelos nascimentos”.
- A inesperada participação do Reino Unido nas eleições do Parlamento Europeu pode servir para se ter um mapa das forças organizadas no país. Segundo pesquisas divulgadas no último período o novíssimo partido do Brexit, criado em janeiro pelo deputado Nigel Farage, conhecido como forte defensor do Brexit, é um dos destaques na intenção de votos. Farage já foi líder do Partido pela Independência do Reino Unido (UKIP) no contexto do referendo do Brexit (2016). São 73 as vagas dos britânicos no Parlamento Europeu. Chama atenção nas pesquisas o enfraquecimento do Partido Conservador e também do Trabalhista, mas principalmente dos conservadores. O Partido Liberal-Democrata, que defende a permanência do Reino Unido, aparece posicionado em terceiro lugar nas pesquisas, atrás do partido do Brexit e dos Trabalhistas.
- Israel reabriu pontos de passagem na Faixa de Gaza que haviam sido fechados há uma semana depois de uma escalada da violência na região no último final de semana. Netanyahu ainda anunciou a formação de um novo assentamento que levará o nome de Donald Trump no território ocupado das Colinas de Golã, região disputada com a Síria.
- Continua com destaque na imprensa internacional a série de cortes que o governo brasileiro pode impor ao seu sistema federal de ensino, do nível médio ao universitário, além do sistema federal de pesquisa, ciência e tecnologia.