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OPINIÃO
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A nossa democracia necessita de respostas. Toda a inércia e estupefação do resultado das eleições estão desembocando na letargia e na demora imediata da reação ao nosso direito de sermos brasileiros. A paralisia que nos afeta nos impede de ver claramente que os destinos de nosso país, e de nosso povo, estão sendo consumidos pelo ralo. Pelo ralo da inoperância e pelo ralo da visão anacrônica daqueles que ainda não despertaram da tal da letargia democrática, da eloquência que o país está à deriva, está sem rumo.
Se não vejamos, todos estes acontecimentos políticos, apresentar-se como se apresentam ante nossos olhos, e mesmo assim, não viabilizarmos de ver a realidade.
Crua realidade, de um país sem comando.
Um presidente eleito democraticamente, com toda a legitimidade do voto, mas incapacitado de conduzir o país sem sequer tomar providências institucionais na condução da Nação, que nós brasileiros, mesmo adversários políticos, que aceitamos a democracia, mas que não podemos aceitar a inoperância de alguém que sabemos estar sendo tutelado por outras forças transversas, que já operam militar e silenciosamente na condução do país, não se mostrem visíveis, diante da precária saúde do presidente eleito, que só finge, mediante retóricas midiáticas, que tudo transcorre bem, inclusive nos boletins do Albert Einstein.
Está na hora de, dentro de soluções constitucionais, emanarmos em nossos pensamentos, a possibilidade de repensarmos o momento atual, de um momento difícil, e que, das diferenças ideológicas, possamos visualizar uma possibilidade de construção de uma saída nacional que una os brasileiros. Não em torno de ideologias, e sim em torno da pacificação nacional, construída, com observância, renúncia, dignificação da questão nacional e união entre propostas soberanas, que emanem, mediante a união de questões adversas ideologicamente, um país de entendimentos. E que o precipício da guerra entre irmãos esteja longe de uma disputa, para que possa acontecer um movimento de construção social, coletiva e justa.
O país está há muitos dias acéfalo, pois não vemos direção nem comando, quanto ao verdadeiro exercício presidencial do presidente Bolsonaro, do leito hospitalar.
Não existe comando, existe sim um embuste à Nação, em que ele, o presidente, iludindo a todos, possa estar comandando qualquer coisa no estado em que se encontra, recuperando-se de uma grave cirurgia de reconstrução intestinal.
É evidente a grande distância que existe entre os grandes grupos já fracionados da cúpula do poder entre os membros mais importantes da alta casta do governo da Nação, que hoje gravitam dentro dos princípios democráticos. No Palácio do Planalto.
Mas a verdade é que existe um vice-presidente constituído, o General Mourão, que vem dando sinais mais democráticos, mais coesos, mais presidencialistas e mais conscientes, demostrando que a eleição acabou, e que o caminho da Nação não pode ser conduzido por disparates da família Bolsonaro, que ainda pensa estar na disputa eleitoral, fazendo gestos de tiroteio, sendo investigados pelo COAF, aplaudindo o autoexílio de um parlamentar eleito, e , em alguns aspectos, assumindo que certos setores e empresas estatais de alta significação para o povo brasileiro não podem, assim como quer o privatista ministro Guedes, fazer do Brasil e da propriedade das empresas nacionais a farra de sua intenção entreguista.
Sem nenhuma comparação com o grande Marechal Henrique Teixeira Lott, um grande nacionalista brasileiro, democrata, que apesar de não gostar do comunismo, entendia e via a sua participação na democracia como algo natural do próprio regime democrático, temos hoje que lembrar que o Brasil precisa de pacificação dos espíritos coletivos da Nação, e neste momento, caso o presidente eleito Jair Messias Bolsonaro, tenha que novamente se submeter a uma nova cirurgia, é hora de não termos mais o país à deriva, nem por um, nem por dois, nem por uma semana de dias; teremos que exigir a assunção do vice-presidente constitucional do país, o General Mourão.
Democracia é isso, é diálogo, é tolerância e principalmente respeito às divergências, aos métodos, aos costumes e aos princípios culturais.
Havendo este entendimento, haverá diálogo.
O Brasil não pode estar à deriva.
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