Jornalista, professor e escritor. Trabalhou para o Jornal do Brasil, O Globo, Correio Braziliense, Estadão, Revista Época e Carta Capital. Autor de diversos livros, entre eles, "Cayman: o dossiê do medo" (Editora Record).
Via Crucis
"Essa modinha de fakenews, capitaneada justamente pela velha mídia brasileira - maior produtora de notícias falsas do planeta -, não tem interesse público algum, nem nenhum compromisso com a verdade". Leia mais no blog 'Brasília, eu vi', por Leandro Fortes
Assim que começou essa modinha de agência de checagem de fake news, capitaneada justamente pela velha mídia brasileira - maior produtora de notícias falsas do planeta -, eu avisei aqui: esse movimento não tem interesse público algum, nem nenhum compromisso com a verdade.
Foi pensado para criminalizar a mídia alternativa e intimidá-la, de modo a acabar com o único contraponto que a sociedade tem às máfias noticiosas, Grupo Globo à frente.
Essa polêmica em torno do rosário enviado pelo papa Francisco ao presidente Lula, preso político em Curitiba, é extremamente reveladora disso.
Essa tal de Lupa, em meio a uma miríade de desmentidos sobre o tema, ignorou completamente que o UOL foi o primeiro a dar a notícia no Brasil e, a partir de uma checagem porca feita com um certo Vatican News, apontou o dedo para o Brasil 247 e a Revista Fórum. Um expediente de calúnia que visa desmoralizar esses veículos e provocar sanções junto ao Facebook.
Na origem dessa pilantragem está o pavor dessa cristandade paneleira de bunda suja diante da possibilidade de o papa intervir a favor de Lula, o que colocaria a Igreja na luta direta contra essa farsa jurídica comandada pelo juiz Mazzaropi, no maior país católico do mundo.
O fato é que o tal rosário foi abençoado por Francisco e entregue a Lula por um emissário oficial do Vaticano.
E isso não tem nada a ver com religião.