Empresário investigado avisa: “Se Bolsonaro quisesse dar golpe já teria dado”

Frase é do bolsonarista e presidente do PTB-SP, Otávio Fakhoury, investigado no inquérito das fake news no STF

Foto: Reprodução/YouTube
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O empresário bolsonarista e presidente do PTB-SP, Otávio Fakhoury, investigado no inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou em entrevista à coluna de Mônica Bergamo que, se o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) quisesse dar golpe, já teria dado.

“Não adianta acusar Bolsonaro de um golpe que pode dar um dia. Se ele quisesse, já tinha dado”, disse. O empresário afirmou também que “dessa vez” não bancará caminhões de som para o ato do 7 de Setembro em São Paulo. “Vi vaquinhas, mas não vou ajudar. Todo mundo acha que pago tudo no Brasil”, completou.

Para ele, se há alguém violando a Constituição, essa pessoa não é Bolsonaro. “Tem gente que já violou a Constituição dentro dos Três Poderes. Esses caras é que estão dando golpe”, afirma sem citar nomes.

Campanha sem declarar

Edição do Jornal Nacional, da TV Globo, de junho deste ano, deu destaque à quebra do sigilo determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o processo que investiga a convocação e financiamento de atos antidemocráticos, que pregavam um golpe militar com manutenção de Jair Bolsonaro no poder.

O telejornal apontou que nestes documentos aparecem notas ficais que mostram que o empresário Otávio Fakhoury bancou material de campanha do presidente Jair Bolsonaro em 2018 sem declarar à Justiça Eleitoral.

“Os investigadores encontraram documentos sobre a campanha eleitoral de Bolsonaro em 2018. O relatório da PF aponta que o empresário bolsonarista Otávio Fakhoury bancou quase R$ 50 mil em material para a campanha. Os gastos não constam na declaração à Justiça Eleitoral. Os investigadores apreenderam com o empresário notas fiscais de duas gráficas que imprimiram milhares de adesivos e panfletos”, disse o jornalista Marcos Losekann durante a reportagem.

Com informações da coluna de Mônica Bergamo