Reportagem de Rick Gladstone na edição desta segunda-feira (20) do jornal The New York Times apresenta Jair Bolsonaro (Sem partido) como um "cético declarado de Covid cuja própria má gestão da pandemia ameaça seu futuro político".
"Ele será o primeiro chefe de estado a falar na reunião e criou um rebuliço ao prometer desafiar a exigência de vacinação", diz o texto, que explica ainda o motivo de o presidente brasileiro ser o primeiro a discursar na abertura da assembleia-geral da ONU.
O texto cita o imbróglio em torno da obrigatoriedade da vacinação, que poderia tirar Bolsonaro do encontro.
"A confusão surgiu na semana passada com a exigência da cidade de Nova York de que todos os participantes da Assembleia Geral apresentassem prova de vacinação. O presidente da Assembleia Geral deste ano, o ministro das Relações Exteriores, Abdulla Shahid, das Maldivas, endossou a exigência. Mas exatamente como isso será aplicado não está claro. Os funcionários da ONU disseram que os funcionários da própria sede da organização devem ser vacinados, mas que um sistema de honra permanece em vigor para visitantes VIPs e outros convidados".
O foco principal da reportagem, no entanto, é a primeira participação presencial de Joe Biden, presidente dos EUA, na reunião multilateral.
"Apesar de seu entusiasmo declarado pelas Nações Unidas - um afastamento marcante de seu antecessor, Donald J. Trump - Biden fará seu discurso de estreia como presidente em meio a fortes novas dúvidas sobre sua capacidade de levar os Estados Unidos de volta a uma posição global liderança após a gestão turbulenta do Sr. Trump e promoção do isolacionismo "América em primeiro lugar".