O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI do Genocídio, decidiu atender a uma solicitação do senador Rogério Carvalho (PT-SE), nesta terça-feira (6), e autorizou a retirada do sigilo do material obtido do telefone celular do policial militar Luiz Paulo Dominguetti.
O PM se apresentou à comissão como representante da Davati Medical Supply, empresa que ofereceu 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 ao governo de Jair Bolsonaro.
“Pedimos o fim do sigilo do celular do Dominguetti porque ao termos acesso, vimos que existem indícios de que houve o contato do Bolsonaro com intermediários na compra das vacinas. E o Brasil precisa saber a verdade!”, tuitou Carvalho, antes da decisão de Aziz.
Durante depoimento à CPI, Dominguetti afirmou ter recebido do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, pedido de propina para viabilizar a compra das 400 milhões de doses.
O pedido
O senador petista disse que o próprio Dominguetti, quando teve seu celular apreendido, se disponibilizou a oferecer “todas as informações para ajudar o país a resolver a questão das vacinas”.
Carvalho destacou, também, que o sigilo a respeito do conteúdo extraído do celular de Dominguetti “não foi determinado por esta comissão”.
“Solicito o levantamento do sigilo do material contido no telefone celular do senhor Luiz Dominguetti, em especial da troca de mensagens entre ele e o senhor Cristiano [Carvalho], CEO da Davati no Brasil”, acrescentou.