A organização internacional Repórteres Sem Fronteiras, com sede em Paris, na França, incluiu o nome do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, na lista intitulada “Predadores da Liberdade de Imprensa”, composta por líderes políticos que atacam, dificultam, impedem ou prejudicam o trabalho dos jornalistas.
A decisão de colocar Bolsonaro na relação, que não era atualizada pela RSF desde 2016, foi motivada, segundo o órgão, pelos insultos, humilhações e ameaças vulgares dirigidas pelo chefe do Executivo do Brasil à imprensa e aos profissionais do jornalismo.
Constam ainda como justificativas da RSF para a inclusão de Bolsonaro no grupo a “retórica belicosa e grosseira” do presidente e amplificação de suas atitudes violentas por uma “base organizada”, que busca “desacreditar a imprensa, apresentando-a como inimiga do estado”. A organização considera que desde sua chegada ao poder, "o trabalho da imprensa brasileira se tornou extremamente complicado".
A lista dos Repórteres Sem Fronteiras inclui ainda nomes de lideranças políticas de vários continentes, à direita e à esquerda do espectro políticos, como do russo Vladimir Putin, do venezuelano Nicolás Maduro, do húngaro Viktor Orbán, do nicaraguense Daniel Ortega e do turco Recep Tayip Erdogan.