Numa entrevista concedida ao programa Fantástico, da TV Globo, a delegada Rafaella Azzi, que conduz as investigações e o inquérito dos crimes praticados por Lázaro Barbosa no Distrito Federal e em Goiás, afirmou que o matador não agiu sozinho e que ele era parte de uma organização criminosa composta por fazendeiros, políticos e empresários da região.
“Nessa organização criminosa, a gente já levantou que pessoas importantes participam dela. Nós temos empresários, fazendeiros, políticos...”, revelou a autoridade policial. Elmi Caetano, fazendeiro que está preso há mais de uma semana, seria um dos membros do grupo e, de acordo com as investigações realizadas até o momento, teria ajudado Lázaro dando abrigo ao foragido numa de suas propriedades rurais.
As suspeitas sobre a cumplicidade e o auxílio dado por Caetano se confirmaram após a polícia ter acesso a um áudio de WhatsApp no qual o fazendeiro confirma a presença de Lázaro na localidade rural. “Ele está dormindo lá naquele barraco onde a mãe dele morava”, mostra a gravação.
Segundo a delegada Rafaella Azzi, Elci Caetano pode ser também o mandante da chacina de uma família de Ceilândia, no DF, crime que acabou por dar notoriedade a Lázaro e ponto de partida para a caçada alucinante que durou quase três semanas.
“Considerando que havia um laço anterior, que o Lázaro já era conhecido do proprietário e que na entrevista (interrogatório inicial) o proprietário fala que aquela família devia um dinheiro a ele, nós não descartamos a hipótese de que ele tenha realmente usado Lázaro para cobrar a dívida, e em não recebendo, matar aquelas pessoas”, considerou a delegada.