Delegada diz que Lázaro era parte de organização composta por políticos e fazendeiros

Autoridade que preside inquérito sobre crimes praticados pelo matador que ganhou notoriedade após fuga cinematográfica durante 20 dias afirmou existir um grupo criminoso composto por várias pessoas da região

Foto: Divulgação/Polícia Civil do Distrito Federal
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Numa entrevista concedida ao programa Fantástico, da TV Globo, a delegada Rafaella Azzi, que conduz as investigações e o inquérito dos crimes praticados por Lázaro Barbosa no Distrito Federal e em Goiás, afirmou que o matador não agiu sozinho e que ele era parte de uma organização criminosa composta por fazendeiros, políticos e empresários da região.

“Nessa organização criminosa, a gente já levantou que pessoas importantes participam dela. Nós temos empresários, fazendeiros, políticos...”, revelou a autoridade policial. Elmi Caetano, fazendeiro que está preso há mais de uma semana, seria um dos membros do grupo e, de acordo com as investigações realizadas até o momento, teria ajudado Lázaro dando abrigo ao foragido numa de suas propriedades rurais.

As suspeitas sobre a cumplicidade e o auxílio dado por Caetano se confirmaram após a polícia ter acesso a um áudio de WhatsApp no qual o fazendeiro confirma a presença de Lázaro na localidade rural. “Ele está dormindo lá naquele barraco onde a mãe dele morava”, mostra a gravação.

Segundo a delegada Rafaella Azzi, Elci Caetano pode ser também o mandante da chacina de uma família de Ceilândia, no DF, crime que acabou por dar notoriedade a Lázaro e ponto de partida para a caçada alucinante que durou quase três semanas.

“Considerando que havia um laço anterior, que o Lázaro já era conhecido do proprietário e que na entrevista (interrogatório inicial) o proprietário fala que aquela família devia um dinheiro a ele, nós não descartamos a hipótese de que ele tenha realmente usado Lázaro para cobrar a dívida, e em não recebendo, matar aquelas pessoas”, considerou a delegada.