“Ey, Ey, Eymael... Um democrata-cristão”. Quem não leu esta frase cantando no ritmo do famoso jingle de campanha política não esteve presente no universo eleitoral brasileiro dos últimos 30 anos.
E Jair Bolsonaro esteve com ele na quinta-feira (22), com Eymael, o democrata-cristão, que é presidente do DC (Democracia Cristã). Foi mais um capítulo da busca incessante que o presidente da República empreende para encontra um partido que o acolha para as eleições de 2022, quando tentará ser escolhido para um novo mandato no Executivo.
O encontro, que não estava na agenda oficial da Presidência, foi revelado pelo próprio Bolsonaro em sua habitual live das quintas-feiras, momento em que o presidente utiliza as redes sociais semanalmente para falar impropérios, dar informações falsas, fazer acusações descabidas a adversários e disparar xingamentos a todos que ele considera inimigos.
As últimas notícias vindas de Brasília davam conta de um retorno do presidente ao Progressistas, o antigo PP, legenda à qual já foi filiado em dois períodos de sua carreira política, e que vem se aproximando cada vez mais do governo, adquirindo cargos importantes na administração federal, na esteira da tomada política que o centrão promove em sua gestão, cada vez mais enfraquecida por conta dos escândalos de corrupção. O ponto alto dessa aproximação foi a escolha do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para comandar a Casa Civil.
No entanto, Jair Bolsonaro enfatizou que a procura pelo nanico DC pode não trazer resultados práticos para ele, já Eymael pretende se candidatar à Presidência no ano que vem, pela sexta vez.
“Se eu vier a disputar, se vier a ser candidato, pode ser. Hoje, por exemplo, conversei com o José Maria Eymael, do PSDC. Me disse que irá disputar a Presidência de novo”, explicou o presidente, aparentemente decepcionado.