Os trabalhadores da limpeza urbana da cidade de São Paulo decidiram deflagrar uma greve de 24 horas. Os garis reivindicam, desde dezembro de 2020, vacinação contra a Covid-19 para a categoria.
Sem resposta, o Siemaco, sindicato que representa os 17.500 trabalhadores do setor, anunciou, nesta terça-feira (8), a paralisação das atividades, de acordo com reportagem de Juca Guimarães, do Alma Preta.
Conforme informações do sindicato, a maioria dos garis, cerca de 60%, é negra. Eles cumprem jornada de seis dias por semana, com 44 horas de trabalho.
Diante deste cenário e em meio à pandemia, o Siemaco acredita que aproximadamente 2 mil funcionários já foram infectados pela Covid-19. Desses, ao menos 50 morreram em consequência da doença.
“Esses trabalhadores e trabalhadoras atuam incessantemente, inclusive nos momentos mais críticos desta grave crise de saúde pública, colocando suas vidas e de seus familiares em risco, oferecendo um serviço essencial para o controle da pandemia em toda a sociedade e contribuindo diretamente para a redução dos índices de contágio desta doença”, defende André Santos Filho, presidente do Siemaco.
Nesta segunda (7), representantes do sindicato se reuniram com a secretária estadual de Desenvolvimento Econômico do Estado, Patrícia Ellen da Silva, para tentar um acordo e evitar a greve.
Depende do ministério
Em nota, a prefeitura respondeu que a abertura de grupos de imunização depende da chegada de novas doses de vacina, enviadas pelo Ministério da Saúde aos estados, que, por sua vez, repassam aos municípios.
A administração municipal disse, ainda, que desde março foram imunizados trabalhadores de limpeza, que atuam na área da Saúde, e disse que está dialogando com o sindicato e com o estado para ampliar a vacinação.
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