Aos poucos, a verdade vem à tona. O Ministério Público Federal (MPF) pediu a absolvição do ex-presidente Lula e do seu ex-chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, na ação em que ambos eram investigados por, supostamente, terem recebido propina para favorecer montadoras, em 2009, época em que o petista era presidente. As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
O ex-presidente virou réu na Operação Zelotes em 2017. Além de Lula, mais seis pessoas foram considerados réus: o advogado Mauro Marcondes; o lobista Alexandre Paes dos Santos e seu sócio na consultoria SGR, José Ricardo da Silva; os executivos de montadoras, Carlos Alberto de Oliveira Andrade (Caoa) e Paulo Arantes Ferraz (MMC, atual HPE); e Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete do ex-presidente.
Carvalho também respondia pelo crime de corrupção passiva, enquanto os outros foram acusados de corrupção ativa.
Acusações
Conforme a Procuradoria, que ofereceu a denúncia, Lula e Carvalho teriam aceitado promessa de vantagem indevida de R$ 6 milhões para favorecer as montadoras MMC (atual HPE) e Caoa na edição da Medida Provisória 471.
Em troca, o dinheiro serviria para arrecadação da campanha eleitoral do PT. No entanto, o MPF, depois de quatro anos, não encontrou provas e pediu a absolvição de ambos.